Querem a morte de Lula, que resiste com a razão e com o povo

"Não basta perseguir sem sentido, condenar sem provas, prender sem razão. A meta em relação a Luiz Inácio Lula da Silva é o aniquilamento. E qualquer um que enxergue direito o que está acontecendo no Brasil chega à conclusão que esse aniquilamento não é apenas político, mas físico. Não dá outra. O que querem parte do Judiciário, parte do Legislativo, empresários, grupos poderosos de comunicação, 'cidadãos de bem' marchadores e batedores de panela é a morte de Lula", diz o colunista Gilvandro Filho, dos Jornalistas pela Democracia

Querem a morte de Lula, que resiste com a razão e com o povo
Querem a morte de Lula, que resiste com a razão e com o povo (Foto: Ricardo Stuckert)


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Não basta perseguir sem sentido, condenar sem provas, prender sem razão. A meta em relação a Luiz Inácio Lula da Silva é o aniquilamento. E qualquer um que enxergue direito o que está acontecendo no Brasil chega à conclusão que esse aniquilamento não é apenas político, mas físico. Não dá outra. O que querem parte do Judiciário, parte do Legislativo, empresários, grupos poderosos de comunicação, "cidadãos de bem" marchadores e batedores de panela é a morte de Lula.

Não conseguiram até agora porque pouquíssimos brasileiros, em todos os tempos, nasceram com a garra e a determinação do ex-presidente, um ser singular sob todos os aspectos. Um homem de fibra, raro. Quem que não carregasse nas costas e nas mãos o sentimento do mundo que versejou Carlos Drummond de Andrade aguentaria o que Lula tem aguentado? Quem manteria, à essa altura do campeonato de horrores que as nossas "autoridades" promovem, a dignidade e a cabeça erguida? Quem resistiria como Lula tem resistido?

Lula foi encurralado em um processo espúrio e apodrecido em seu conteúdo, onde uma prova sequer chegou a ser apresentada a não ser aquelas testemunhais, de delatores premiados com vantagens financeiras e favores jurídicos. Ele foi condenado em um tribunal de exceção no TRF do Rio Grande do Sul, numa sessão que entrou para História como um dos espetáculos mais deprimentes de nossa História jurídica.

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Foi preso por um juiz de primeira instância quando era o favorito dos brasileiros no processo eleitoral. Foi tirado das eleições e viu, da cadeia, o País ser entregue a um candidato despreparado e que só se tornou presidente da República por falta de adversário, à base de fakenews e surfando na lógica tosca da extrema-direita de que não importava os defeitos de Jair Bolsonaro; imperativo era acabar com Lula e com o PT. O juiz que tirou Lula do páreo é hoje ministro da Justiça.

Antes de ser preso, Lula viu partir sua companheira Marisa Letícia, uma morte que teve como empurrão o rosário de acusações absurdas e perseguições políticas que ela e o marido sofreram. Preso, foi obrigado a prantear a morte do irmão Vavá de dentro da Polícia Federal de Curitiba – local do seu cativeiro -, pois foi proibido de ir ao enterro, num dos maiores absurdos já cometidos pela juíza que substituiu no comando da Operação Lava Jato o tal juiz de primeira instância que prendeu ele e depois virou ministro.

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Nessa sexta-feira (01), o golpe foi duro demais para Lula. Uma meningite meningocócica levou o neto dele, aos 7 (sete!) anos de idade. Uma dor inimaginável para quem não é pai ou avô. Um verdadeiro despropósito que é filho ou neto morrer antes que pai ou avô.

Pois mesmo autorizando Lula velar seu neto, não deixaram ele em paz, impondo exigências ridículas que chegam ao cúmulo de impedir que se faça imagens do ex-presidente. Lula pode beijar seu neto e dar a ele o seu último adeus. Mas, ninguém pode ver isso. O que isso implicaria, não se sabe. Talvez a sanha de demonstrar poder explique esse tipo de determinação de um membro do judiciário. No caso, a mesma juíza que o impediu de velar o irmão.

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Não dá para se ter noção de como Lula está se sentindo diante de tudo isso. Não há justificativa para tanta desumanidade que só encontra similar na reação patologicamente insana de certos críticos de Lula que expelem sua maldade e seu ranço nas redes sociais. Gente que comemorou a morte do garoto e desejou a morte do ex-presidente. Animais. Com todo respeito aos inimputáveis seres irracionais. Que são bichos, mas não são bichos escrotos, para usar o verso dos Titãs.

Emblematicamente representando essa horda de infelizes está o filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, o do meio, deputado federal, aquele que adora posar com boné de Donald Trump, que venera torturador e assassino de preso político. Aquele que pensa que é ministro de Relações Exteriores e que manda no governo do pai. Essa triste figura foi ao twitter acusar Lula de tentar explorar a morte do neto para "posar de coitado". Coitado dele a quem falta um mínimo de educação doméstica para, numa hora dessas, não saber diferenciar as coisas e as situações.

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O cerco se fecha. É feroz e é desumano. Lula resiste porque é forte. E porque tem ao lado dele a razão e o povo.

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