Quem torce pelo apagão?
Portanto, é hora de dizer não aos corvos alarmistas, inimigos do Brasil. Chega de mentiras. Absolutamente, não estamos à deriva como querem fazer parecer
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As previsões de racionamento de energia feitas nos últimos anos pela imprensa não se concretizaram. Mesmo assim, mais uma vez a cantilena dos inimigos de plantão do Brasil se repete. Neste início de ano, assim como aconteceu em 2013, a grande mídia comercial, de oposição aos governos petistas, insiste na velha pauta: a iminência de um apagão energético.
E lá vamos nós, férias, carnaval, entramos no mês de março e a estratégia se mantém, só que agora com requintes de perversidade. Que maravilha, o apagão pode ocorrer bem no meio da Copa do mundo pra provar aos turistas que o Brasil não passa de uma republiqueta, inclusive criticada pelo gigante EUA.
Por que mesmo a imprensa brasileira dá espaço às críticas de Obama? porque os governos petistas defendem a união dos países latino americanos contra a miséria e a desigualdade social no continente; por se unir com a China para a construção e a exploração do Porto de Mariel, em Cuba; por furar o bloqueio econômico imposto ao país e capitaneado pelos americanos há 50 anos; e por ai vai.
É preciso ter cuidado com o que se lê e o que se repete. Quem resiste? acorda-se de manhã e nos grandes jornais está estampado que tudo indica que vai haver apagão. Liga-se a TV e o Jornal Nacional afirma a mesma coisa. No rádio, lá vem mais perigo de escuridão.
Especialistas do setor energético escolhidos a dedo estão sempre de plantão para garantir que o futuro é totalmente incerto, que as chances de racionamento são consideráveis, que o crescimento da demanda pode gerar apagões. Mistura-se alhos com bugalhos, a questão da falta de água com a questão de quedas de energia, seja lá porque motivos, raios, falha humana ou problemas técnicos passíveis de ocorrer num país com as dimensões do Brasil.
A imprensa não promove um debate real e sério com técnicos do governo e estudiosos de grandes universidades brasileiras para explicar que a capacidade instalada no país de geração e distribuição de energia é suficiente para nossa demanda atual.
Conclusões de que o sistema interligado brasileiro de distribuição de energia trabalha com tranqüilidade não podem ser tiradas quando a pauta encomendada é outra. Se o sistema elétrico brasileiro tem capacidade instalada de geração de cerca de 127 mil megawatts (MW) e o recorde da demanda de energia até o momento foi de cerca de 84 mil MW é óbvio que existe uma margem grande de segurança.
Vale ressaltar, para aqueles que só sabem criticar os governos petistas, que deste total, mais de 45.000 MW foram instalados após 2003. No que diz respeito à transmissão, o país tem mais de 116.000 km de linhas em operação, sendo que cerca de 40.000 desse total foram instalados nos últimos onze anos. Precisamos de mais geração? sim. Melhorar a distribuição ? Sim. É óbvio. O país continua crescendo.
E tudo isso já não está sendo continuamente realizado? Estão no Brasil três entre as 10 maiores hidrelétricas do mundo: Tucuruí I e II (5 lugar) , Itaipu ( 2 lugar) e Belo Monte ( 3 lugar) . Localizada no Rio Tocantins, ao sul de Belém do Pará, a Hidrelétrica de Tucuruí é a maior usina 100% brasileira (pelo menos até a conclusão da usina de Belo Monte) e apresenta o segundo maior vertedouro do mundo. Em 2008, passou por reformas que dobraram a sua capacidade, alcançando os 8.370 MW atuais.
A Usina de Belo Monte, prevista para terminar em 2015, terá capacidade de 11.233MW, se tornará a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira e a segunda maior da América Latina. A Binacional Itaipu, por sua vez, no Rio Paraná, utilizada por Brasil e Paraguai, com capacidade de 14.000MW, era até 2012, a maior usina hidrelétrica do mundo.
O Brasil conta hoje com mais de 200 hidrelétricas, dez delas com produção prevista entre 2.300 e 14 000 MW, 112 delas produzindo individualmente entre 2.082 MW e 32MW e as demais 81 com produção abaixo de 30MW. Dentre as 10 maiores três estão em fase de construção ( Belo Monte, Santo Antonio no Pará e Jirau, em Rondonia )e duas com projetos concluídos ( São Luiz do Tapajós e Jatobá, ambas no Rio Tapajós, no Pará ).
As previsões agourentas a respeito da capacidade e do funcionamento do sistema de energia no país são tantas que acadêmicos acharam oportuno publicar a respeito o livro Uso Político do Setor Elétrico Brasileiro, de Eduardo Muller Monteiro e Edmilson Moutinho dos Santos, lançado na Universidade de São Paulo, USP.
A obra traz um mapa que possibilita uma visualização ampla dos grupos de pressão que povoam o setor elétrico brasileiro e estabelece uma metodologia estruturada para a análise de manifestações de uso político.
A idéia de que o pais está a beira de um racionamento de energia, como o que aconteceu em 2001, foi veiculada por vários jornais de norte a sul do país. O jornal O Globo publicou manchete afirmando que as indústrias "eletrointensivas já estavam fazendo um racionamento branco de energia – redução programada no consumo.
As notícias continuam sendo dadas apesar dos riscos de apagão e racionamento serem oficialmente negados pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro Édison Lobão, de Minas e Energia. Explicações não faltaram. Para enfrentar a escassez de chuva a partir de abril, o sistema conta com a energia das hidrelétricas em funcionamento e em caso de necessidade de energia produzida pelas termelétricas.
Os jornais, no entanto, preferem dar lá no pé das matérias, informações importantes para acalmar a população como por exemplo: a entrada de 6 mil a 8 mil megawatts de energia nova no sistema até o fim de 2014; o fato de que todos os estádios terão geradores próprios para impedir Imprevistos durante a Copa, dentre muitos outros, que qualquer leigo pode compreender.
A verdade é que apesar das adversidades climáticas que o país enfrenta, e da redução da água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, o fornecimento de energia elétrica do País está assegurado, em quantidade e qualidade necessárias ao adequado atendimento de todos os consumidores.
Para garantir a segurança do fornecimento, contrata-se ainda nos leilões de reserva uma capacidade de geração adicional para atender ao crescimento do mercado. Esses critérios de planejamento fazem com que haja sempre um excedente de energia, para garantir o suprimento diante de qualquer mudança eventual.
Portanto, é hora de dizer não aos corvos alarmistas, inimigos do Brasil. Chega de mentiras. Absolutamente, não estamos à deriva como querem fazer parecer.
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