Quem se ama não se arma
Em análise, o jornalista Alex Solnik, que também é membro do Jornalistas pela Democracia, afirma que "o principal argumento esgrimido pela bancada da bala contra quem está horrorizado com a liberação de armas de fogo tem sido o seguinte: quem não quiser, não compra"; no entanto, revela o jornalista, "há relação direta – segundo pesquisas mundiais – entre aumento do número de assassinatos e aumento do número de armas em circulação no país"; "Não é um dogma, não é fake News, são estatísticas independentes, sem viés político-ideológico", completa
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia -O principal argumento esgrimido pela bancada da bala contra quem está horrorizado com a liberação de armas de fogo tem sido o seguinte: quem não quiser, não compra.
Acontece que mesmo quem não comprar estará sujeito aos perigos inerentes ao aumento de armas de fogo em circulação, como balas perdidas, por exemplo ou o vizinho armado que não gosta do jeito que você estaciona o seu carro na garagem.
Não comprar armas não é uma opção que vai me proteger numa redoma de cristal blindada. Todos são potenciais alvos dessa irresponsável medida, inclusive o dono da arma, seus filhos, sua mulher, seus pais, seus amigos, as crianças, os idosos, os doentes, os vulneráveis, qualquer cidadão. Armado ou não, como escreveu Geraldo Vandré.
Há relação direta – segundo pesquisas mundiais – entre aumento do número de assassinatos e aumento do número de armas em circulação no país. Não é um dogma, não é fake News, são estatísticas independentes, sem viés político-ideológico.
Nos anos 70, um feminicídio rumoroso – o playboy Doca Street matara com quatro tiros de revólver a socialite Ângela Diniz, que o traíra, alegando que o fizera por amá-la demais – foi o estopim de uma campanha nacional liderada por feministas que marcou aquele tempo, cuja frase era:
"Quem ama não mata".
Acho que precisamos de uma campanha semelhante a essa. A frase central poderia ser:
"Quem se ama não se arma".
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