Quem garante que a PEC 55 não é mais uma lei vendida pela troika do PMDB?

Diante da delação da Odebrecht, que confirmou a compra e venda de leis, o Senado fica em suspeição e sem condições morais de vender, digo, votar a PEC 55, que congela investimentos na saúde e na educação pelos próximos 20 anos

Brasília - O presidente interino Michel Temer entrega o projeto de lei que altera a meta fiscal ao o presidente do Senado, Renan Calheiros, acompanhado do ministro Romero Jucá, do Planejamento (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O presidente interino Michel Temer entrega o projeto de lei que altera a meta fiscal ao o presidente do Senado, Renan Calheiros, acompanhado do ministro Romero Jucá, do Planejamento (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Esmael Morais)


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O recebimento de propina pela troika peemedebista no Senado — Renan CalheirosEunício Oliveira e Romero Jucá — é o batão na cueca que faltava para a cassação de ambos. Resta saber quem vai colocar o guizo na gatarada, isto é, pedir a abertura no Conselho de Ética. 

A delação do executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho ilustrou com riqueza de detalhes o propinoduto que era comandado pela troika no Senado. Segundo os relatos, o núcleo comandado por “Caju” — que é Jucá invertido — teria recebido R$ 22 milhões da empreiteira.

Reportagem do Jornal Nacional, da Globo, mostrou nesta sexta (10) trechos da delação em que a Odebrecht revela que comprava leis, Medidas Provisórias, etc.

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Se a os senadores “venderam” leis para atender os interesses privados da empreiteira, com certeza, também o fizeram ou estão a fazer em relação a outras companhias.

Quem garante que a votação da PEC 55 não seja mais uma lei que está sendo vendida no balcão do Senado da República?

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Quem coloca a mão do fogo pela reforma da previdência cujo resultado atenderá aos interesses de bancos privados?

Mais uma vez: quem colocará o guizo na gatarada, já que o Supremo se mostrou frágil e sócio na sacanagem contra o povo?

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Em maio deste ano, antes de consumado o golpe no Senado, Roberto Requião (PMDB-PR) deu pistas para o procurador-geral da República Rodrigo Janot caso ele quisesse “realmente” combater a corrupção.

“No Water Gate se seguia o dinheiro, no Congresso brasileiro basta seguir o jabuti”, orientou Requião.

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Na prática, o senador “desenhou” o esquema de corrupção para facilitar a vida de Janot:

“Quem quer conhecer a corrupção no Congresso procura o relator da MP e quem foi o relator e o beneficiário do jabuti. Simples assim!”.

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Portanto, diante da delação da Odebrecht, que confirmou a compra e venda de leis, o Senado fica em suspeição e sem condições morais de vender, digo, votar a PEC 55, que congela investimentos na saúde e na educação pelos próximos 20 anos.

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