Quem deve decidir é o povo brasileiro

Vice-presidente Temer não tem legitimidade, não tem voto popular e é induvidoso o uso do impeachment, sem existir crime de responsabilidade, como um instrumento de eleição verdadeira indireta de presidente e ele e sua horda são coautores desse assalto às instituições democráticas



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Acredito cabe ao povo brasileiro a decisão sobre o futuro do Brasil e não a um congresso sob suspeição, para dizer pouco, um Poder Judiciário claramente pressionado pela opinião pública formada grandemente por uma mídia partidarizada e conservadora.

A que me refiro? Me refiro à necessidade de ser realizada uma consulta popular acerta da realização, ou não de novas eleições ainda esse ano. Essa pode ser a única saída legitima e válida para superar a crise institucional e preservação da democracia.

A convocação é atribuição do Congresso Nacional.

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Bem, o Golpe de Estado afastou temporariamente a Presidente eleita, setores do Legislativo, do Judiciário, da aristocracia urbana e da mídia (esta representante leal da FEBRABAN e da FIESP) usam diversas artimanhas para apear definitivamente a presidente eleita com 54 milhões de votos, e colocar o seu lugar um fantoche, um conspirador domesticado.

Fato é que o golpe é contra o povo e a nação, pois não se defende a democracia corrompendo-a, não se combate a corrupção com corruptos, pois toda agressão à democracia despe de legitimidade aqueles que dizem desejar apenas enfrentar os problemas do país.

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É necessário encontrar saídas que apontem para o retorno da normalidade democrática. Neste sentido acredito que a Frente Brasil Popular deve abrir o debate acerca da proposta de um plebiscito que convoque imediatamente novas eleições, essa é a posição honesta, a posição a ser defendida.

O caminho válido nos obriga a resgatar a soberania do voto; é necessário consultar o povo brasileiro de maneira formal, o eleitor deve opinar acerca da pertinência de serem convocadas eleições diretas ou não para a Presidência da República e para o congresso nacional, um congresso presidido por réus em processos que apuram corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, dentre outros crime.

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O vice-presidente Temer não tem legitimidade, não tem voto popular e é induvidoso o uso do impeachment, sem existir crime de responsabilidade, como um instrumento de eleição verdadeira indireta de presidente e ele e sua horda são coautores desse assalto às instituições democráticas.

Os lacerdistas pretendem executar um projeto político de conteúdo conservador de inspiração neoliberal, o que representa o enxugamento de direitos sociais e trabalhistas, o que foi rejeitado pelos cidadãos nas urnas em 2014. Dilma tem dito que aceita o encurtamento do seu mandato, desde que seja respeitada a soberania do voto.

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Para viabilizar a consulta, é necessário aprovar um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) por maioria simples em ambas as Casas, Câmara e Senado, qualquer parlamentar pode apresentar a proposta.

Em 1963 ocorreu o primeiro plebiscito no Brasil, o qual decidiu sobre o sistema de governo que seria adotado no país: o presidencialista ou o parlamentarista. A decisão da população pelo presidencialismo devolveu o poder ao presidente João Goulart e em 1993, atendendo comando constitucional, a população brasileira foi às urnas decidir sobre a forma (República ou Monarquia Constitucional) e o sistema de governo (Parlamentarismo ou Presidencialismo).

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Quem deve decidir é o povo brasileiro, pois o nosso povo, enquanto povo é muito melhor que a nossa elite enquanto elite.

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