Quem defenderá Dilma da nova ofensiva golpista?
As concessões de Dilma aos entreguistas do PSDB, além de não ganhar o apoio deles, deixam-na isolada na arena política das ruas. Dilma terá que escolher um lado se quiser atravessar esse Rubicão e deixar claro que bandeiras ela defende, pois muito pior que a dureza da oposição é sofrer crise de desconfiança entre os seus dentro da própria casa
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O mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) corre risco novamente, agora no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A prisão do marqueteiro e conselheiro João Santana, que esteve à frente de suas duas campanhas, é a senha dada pela Operação Lava Jato para nova ofensiva dos golpistas de plantão capitaneados pela direita (PSDB, DEM e PPS, principalmente).
A pergunta que todos fazem no mundo político é: quem irá às ruas para defender o mandato de Dilma se o governo dela virou trincheira justamente daqueles que a açoitam?
A condução econômica da petista é conduzida hoje pelos oposicionistas, haja vista a retirada da obrigatoriedade da Petrobras na camada de pré-sal. Parece até uma “barganha” por um pouco mais de oxigênio.
As concessões de Dilma aos entreguistas do PSDB, além de não ganhar o apoio deles, deixam-na isolada na arena política das ruas. Ela ainda pode perder mais chão num momento de incertezas democráticas. Os trabalhadores de todas as centrais sindicais sentem-se “traídos” pela presidente da República que ajudaram reeleger em 2014.
É importante abrir aqui um parêntese. Em 2011, o Blog do Esmael, bem como a blogosfera progressista, já criticava a “faxina” da presidente Dilma Rousseff criada pelo marqueteiro João Santana. Para quem não se recorda, tratava-se de uma “bem bolada” entre governo e velha mídia. Em 20 de outubro de 2011, portanto, há quase cinco anos, o Blog do Esmael fizera a seguinte pergunta: “será que Dilma deixará ser governada pela mídia golpista e, logo mais, derrubada? Só a própria presidenta está habilitada a responder esta questão”. Fecha-se o parêntese.
Resumo da ópera: Dilma terá que escolher um lado se quiser atravessar esse Rubicão e deixar claro que bandeiras ela defende, pois, muito pior que a dureza da oposição, é sofrer crise de desconfiança entre os seus dentro da própria casa; uma das formas de recuperar-se seria vetando a entrega do pré-sal, por exemplo, e detonando outras pautas conservadoras que tramitam no Congresso Nacional.
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