Queiroz pulou o muro, tinha as chaves, ou o caseiro abriu a porta?

O governo, com a prisão de Queiroz, atinge o ápice de uma crise que envolve milícia, extremismo, submundo, incompetência, inquéritos, fuga de ministro e pandemia. Ingredientes de um enredo que deixaria a máfia de pé aplaudindo



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“Não tinha um funcionário lá? Será que tinha uma chave lá? Será que o funcionário ou outra pessoa que autorizava?” Com essa resposta o advogado de Flávio e Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, respondeu à pergunta feita pelo repórter da CNN, abrindo a possibilidade de que o caseiro de sua casa em Atibaia, onde Fabrício Queiroz esteve escondido por um ano, tivesse agido sem o seu conhecimento.

O advogado, tratado por “ANJO” nas conversas trocadas entre Queiroz e sua esposa Márcia Oliveira de Aguiar, que o MP teve acesso após busca e apreensão no ano passado do telefone de Márcia, revelam o envolvimento de Wassef no caso que investiga as operações financeiras de Queiroz na ALERJ, em favor do senador Flávio Bolsonaro.

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Márcia pergunta para Queiroz: “Você está na casa do Anjo”? Queiroz responde: “Estamos. Ele está em Brasília.” O próprio caseiro afirmou que o ex-acessor de Flávio estava na casa havia, pelo menos, um ano. No réveillon de 2020 fez uma festa com churrasco e música, relataram os vizinhos

Moradores da região vinham desconfiando da presença de Queiroz na casa. Um morador escreveu em uma rede social um mês antes da prisão: “Queiroz foi curtir uma longa temporada numa casa no meio do nada em Atibaia”

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Frederick deixou de ser advogado de Flávio e tenta assumir toda a responsabilidade, mas ainda não conseguiu explicar como Queiroz esteve, desde junho do ano passado em sua casa, sem que ele soubesse.

A estratégia de Wassef é, no primeiro momento, mostrar fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro, o que deve acontecer também com Queiroz, porque assim podem conseguir seu apoio.  Porém, até onde Flávio e Jair resistirão à pressão?

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A mulher de Queiroz teve prisão preventiva declarada e está foragida. Márcia corre o mesmo risco que Adriano, miliciano foragido assassinado em Salvador, pode ser surpreendida em meio a uma ‘troca de tiros’ antes de ser presa.

O governo, com a prisão de Queiroz, atinge o ápice de uma crise que envolve milícia, extremismo, submundo, incompetência, inquéritos, fuga de ministro e pandemia. Ingredientes de um enredo que deixaria a máfia de pé aplaudindo.

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