Queda de Lula no Rio pode levar PT a reavaliar apoio a Marcelo Freixo
O rigoroso empate numérico entre Lula e Bolsonaro no estado do Rio, registrado na pesquisa Quaest, acendeu a luz vermelha na direção nacional do PT
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RICARDO BRUNO
O rigoroso empate numérico entre Lula e Bolsonaro no estado do Rio, registrado na pesquisa Quaest, acendeu a luz vermelha na direção nacional do PT e poderá levar o partido a reconsiderar o apoio a Marcelo Freixo. Os petistas desconfiam que o pré-candidato do PSB estaria atraindo rejeição ao ex-presidente, especialmente entre evangélicos e setores da periferia.
Crítico do apoio a Freixo, por considerá-lo eleitoralmente estreito, o vice-presidente nacional do PT Washington Quaquá já não é voz isolada na defesa de uma outra composição no Rio. Em reunião do grupo de trabalho eleitoral do partido, nesta terça-feira, em Brasília, a posição do ex-prefeito de Maricá foi apoiada por vários outros integrantes do colegiado. Começou a ganhar corpo a ideia de que o PT não pode assistir inerte à corrosão da imagem de Lula no Rio por contágio direto da rejeição do pessebista.
O desembarque da candidatura de Marcelo Freixo seria a senha para a retomada das tratativas com o prefeito Eduardo Paes. As linhas gerais de uma negociação com o PSD passam pelo apoio do prefeito do Rio à candidatura de Lula já no primeiro turno, numa chapa que teria Felipe Santa Cruz como candidato ao governo e André Ceciliano ao Senado.
Na pesquisa, Quaest, as intenções de voto de Lula no Rio desceram de 39% para 35%, exatamente o mesmo patamar de Jair Bolsonaro, que, antes, tinha 34%.
Freixo perdeu a dianteira, fora da margem de erro, obtendo 19% das intenções de voto contra 26% de Cláudio Castro, que passou à liderança.
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