Que se erga da justiça a clava forte!

(Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)


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Os ataques terroristas que sacudiram Brasília e estarreceram o mundo já vinham sendo planejados fazia tempo. Quem não se lembra das manifestações de 2013 ou de quando playboys fascistas atacaram Chico Buarque na rua, em 2015 e, consequentemente, do golpe parlamentar de 2016? A coroação do extremismo se deu com os desmandos da Lava Jato, famigerada operação política, cujo objetivo principal era intervir, como foi feito, no processo eleitoral brasileiro, impedindo que Luiz Inácio Lula da Silva se candidatasse à Presidência da República nas eleições de 2018. 

A prisão política do principal candidato abriu caminho para a eleição de um deputado extremista, conhecido por ser contumaz apoiador da ditadura e admirador de torturadores. E quem surgiu como seu fiel escudeiro? Aham! O juiz “enxadrista”, responsável direto pela prisão do ex-presidente e que foi por anos defendido, amado e exaltado pela mídia corporativa e pelo deus mercado como o grande heroi nacional. Seus feitos: violar a Constituição Federal, quebrar a indústria nacional, ferir de morte a democracia brasileira e possibilitar a pilhagem da nação. O resto da história todos nós sabemos, pois foi televisionada para o mundo inteiro no último dia 08 de janeiro, um domingo de missa, praia, céu de anil, terror e selvageria.  

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O plano da escumalha alçada ao governo era permanecer no poder, por pelo menos dez anos. Contudo, faltou combinar com os russos, digo, com o povo. E assim sendo, mesmo gastando uma fortuna na tentativa de se reeleger, eis que o facínora é rejeitado pelas urnas. O poder soberano do povo disse não ao projeto de miséria, destruição e morte que havia tomado o país feito metástase. Com o resultado das eleições, restou ao canalha-mor o desespero e o medo de ser preso e ter que prestar contas dos seus atos à justiça, atacada ininterruptamente durante todo o seu (des)governo. 

O auge do desespero se deu exatamente com o fatídico dia 08 de janeiro, quando os cães hidrófobos do fascismo, insatisfeitos com os resultados das eleições que proclamaram Lula Presidente da República pela terceira vez, atenderam aos apitos de cachorro dos seus líderes e depredaram a cidade de Brasília, capital do país, e patrimônio cultural da humanidade, da mesma forma como fizeram os aloprados seguidores de Donald Trump nos Estados Unidos. Se em Washington os fascistas invadiram e vandalizaram o Capitólio, em Brasília foram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. 

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O Estado Democrático de Direito, apoiado por 93% da população brasileira, deu respostas rápidas, prendendo terroristas, decretando prisões de militares coniventes e afastando políticos por omissão. No momento, já são mais de mil presos responsabilizados pela invasão à Praça dos Três Poderes. Entre eles, há um homem comum de Salvador (BA), vendedor de picolés, que recebeu, segundo seu depoimento à Policia Civil, quatrocentos reais e promessa de comida e bebida de graça e à vontade, para participar dos atos antidemocráticos no Distrito Federal. O mané em questão tem 29 anos e não soube dizer o nome do malandro que o financiou. Mesmo assim, deverá puxar um bom tempo de cana, pois como diz a canção: “malandro é malandro e mané é mané”. O mané de Salvador, no entanto, é peixe pequeno. É um idiota útil usado como massa de manobra, o que não diminui sua culpa. 

O que se espera agora, contudo, é que a clava forte da justiça brasileira se erga e caia, com toda sua força, em cima dos peixes graúdos. Aqueles, não menos terroristas, que financiaram e/ou incentivaram os ataques, a saber, empresários, políticos, defensores públicos, influenciadores digitais, promotores, padres, jornalistas, magistrados, artistas, militares rasos e graduados, atletas, pastores e toda uma gama de nazifascistas determinada a minar a democracia e aviltar os poderes constituídos, pois se consideram intocáveis. O povo brasileiro espera que a justiça diga, sim, se essas pessoas estão ou não acima da lei. Convém ressaltar, que a única maneira de liquidar o dragão, nos ensina Saramago, é cortar-lhe a cabeça. Aparar-lhe as unhas não serve de nada. Logo, ou se decepa a cabeça do dragão do fascismo agora ou digamos adeus à democracia brasileira. Sem anistia!

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