Que país é esse, de Bolsonaro?

Casos de coronavírus aumentam no País
Casos de coronavírus aumentam no País (Foto: Alan Santos - PR)


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Que país é esse, cujo presidente da República diz, publicamente, que dorme com arma de fogo – pistola ponto 40, revólver ou seja lá o que for – sob o próprio travesseiro, porque não confia em ninguém, nem mesmo na guarda presidencial encarregada de fazer a segurança do Palácio da Alvorada? Que país é esse, no qual o presidente da República faz seguidas declarações incitando a população a apoiar atos, em todo o território nacional, para exigir o fechamento do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF)?

Que país é esse, governado por um presidente considerado machista, homofóbico, racista, que ataca mulheres, imprensa, minorias, sociedade civil organizada, partidos de esquerda e demais opositores, cultivando o ódio como instrumento político de divisão do Brasil e exercício do poder, progressivamente opressor? Que país é esse, que tem um presidente capaz de viajar quatro vezes para os EUA, em apenas pouco mais de um ano e dois meses de mandato, sem que se veja uma vantagem verdadeira obtida em nome dos reais interesses brasileiros?

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Que país é esse, que assiste, passivamente, o noticiário em torno da existência de um “gabinete do ódio”, supostamente instalado no terceiro andar – o mesmo do gabinete presidencial – do Palácio do Planalto, sede do governo federal, com o objetivo de produzir e disseminar fake news? Funcionando sob a coordenação do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), o 02, o “gabinete do ódio” seria composto, a priori, por três servidores da Presidência da República: Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz.

Instabilidade e caos

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O trio, sob investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, instalada no Congresso Nacional, estaria operando uma gigantesca máquina de contra-propaganda, capaz de destruir reputações de quem quer que seja. Custeado com muito dinheiro público, o “gabinete do ódio” tem sido um fator importante da gravíssima crise política, alimentada artificial e incessantemente neste País, causando instabilidade e agravando o caótico quadro socioeconômico.

Como observou o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não há “recursos e a estrutura” comparáveis a que “o entorno do governo tem para viralizar tantas fake news como tem sido feito nas últimas semanas”. Como lembrou o professor de jornalismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, Felipe Boff, em 2019, o presidente da República atacou a imprensa 116 vezes em postagens nas suas redes sociais, pronunciamentos e entrevistas. “Um ataque a cada 3 dias.”

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Que país é esse, mergulhado na estagnação ou mesmo recessão produzida pela política econômica neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, que trabalha de forma determinada em função dos interesses do mercado financeiro? Nem que isso custe o aprofundamento das desigualdades sociais. Que país é esse, onde se corta investimentos federais, em ciência, tecnologia, educação, saúde, cultura, infraestrutura, previdência, etc., asfixiando todos esses setores, sob o pretexto de fazer frente à crise fiscal? Que país é esse?

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