Que Marcelo Arruda seja o patrono da paz na política brasileira

Dói saber que brasileiros estão sendo vítimas de um sistema ideológico que imita os passos do nazismo e do fascismo político

10/07/2022
REUTERS/Christian Rizz
10/07/2022 REUTERS/Christian Rizz (Foto: STRINGER/Reuters)


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O Guarda Civil e militante petista de Foz do Iguaçu, no Paraná, Marcelo Arruda foi assassinado pela insanidade bolsonarista, mas ela isoladamente não explica essa covardia. Também foi assassinado por uma falsa afirmação alardeada pela grande mídia de que há uma guerra entre dois lados da política brasileira. Não é verdade! Não existe guerra quando uma parte não guerreia, não ameaça e não mata ninguém. Marcelo foi assassinado pela covardia das instituições nacionais, a começar pela desgraça que ocupa a presidência da república. 

Dói saber que brasileiros estão sendo vítimas de um sistema ideológico que imita os passos do nazismo e do fascismo político. Temos que dar nome a isso. Essa é uma prática da DIREITA política, que apoia extremistas, que apoia e sustenta a corrupção generalizada justificando esse modelo de governo que governa o país.

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Pela memória de Marcelo e de tantos outros e outras que tombaram em razão de sua atividade de militantes de esquerda, não é hora de recuar, muito menos ter medo. Não é hora de se auto proclamar assustados nem de submeter-se à sanha da direita. É hora de manter o passo. Outros representantes do nazifascismo brasileiro, antes destes tentaram também a mesma coisa e foram derrotados. Os atuais também serão. Que não haja dúvidas. É hora de avançar e fazer do sonho de Marcelo, os nossos sonhos. 

O assassinato do companheiro Marcelo Arruda deve ser o incentivo para que façamos de nossa militância ainda mais atuante para suprir a ausência deste gigante que fez de sua vida uma dedicação à defesa da vida de nossa sociedade, enquanto servidor municipal da área da segurança publica. 

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Do outro lado, também há vítimas. Neste caso, o próprio causador dessa tragédia, que cego pelo ódio produzido pelo líder da direita brasileira, também teve a vida ceifada. Não tem como não lamentar, com todo pesar ver um brasileiro, também servidor público, chegar a este ponto de enfeitiçamento pela ideologia  de direita que mata e faz morrer quem nela acredita, promovida pelo atual presidente da república. O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho era também um pai de família, que deixa um filho e uma esposa à deriva. Sua esposa tentou impedir a tragédia, tirando-o do local, mas a ira, o ódio e a ideologia que enfeitiçou a cabeça deste homem, o fez premeditar e executar seu plano diabólico.

Não há espaço para essa gente em nossa cultura. Não podemos tolerar nem normatizar situações como essa. Há que se empunhar a bandeira da paz. Há que se alimentar a cultura da paz e a prática da não violência. Nosso povo precisa se reencontrar com a concórdia política e com a paz social. Nossa guerra tem que ser contra a fome e a miséria do nosso povo. Não se pode alimentar nada que esteja relacionado à morte e ao ódio. Que Marcelo descanse na paz de nossas lutas e que seu exemplo de militância, de pai e companheiro de sonhos possa ser lembrado sempre.

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