Quarentena: Realinhamento ou apocalipse?
A quarentena, que pode durar até agosto ou setembro, pode fazer o realinhamento da sociedade, que pode vir a ser tornar mais solidária e menos imediatista

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Empresários estão vindo a público manifestar contra as consequências que o confinamento pode trazer para a economia. As taxas de desemprego estavam acima de 12% antes da pandemia global, o PIB em queda, o dólar em alta, a crise financeira já estava na sala antes do Covid-19 abrir a porta e sentar.
A quarentena, que pode durar até agosto ou setembro, pode fazer o realinhamento da sociedade, que pode vir a ser tornar mais solidária e menos imediatista.
O repouso compulsório pode fazer a família ressurgir como uma instituição de laços mais aprofundados, através do exercício do autocontrole e paciência, no compartilhamento full time do território doméstico.
Por enquanto não é o que vem acontecendo. As autoridades no Estado do Rio de Janeiro, se surpreenderam com o aumento do movimento no Plantão Judiciário. A maioria das pessoas que busca ajuda da Justiça é de mulheres vítimas de violência.
Os casos de violência doméstica cresceu 50% desde o início da quarentena, conforme noticiado no RJ TV de segunda-feira, 23 de março.
Estamos caminhando em cima de uma faca de dois gumes, o que hoje é a solução, em determinada circunstância, pode se tornar prejudicial.
As vozes de alguns empresários ‘desalmados’ tentam minimizar a crise e chegam a dizer que “as consequências que nós vamos ter economicamente no futuro são muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus". Falam assim porque quem vai morrer é o cidadão pobre e não alguém da sua família.
No momento, a prioridade é o combate ao vírus e a conscientização sobre a prevenção. E ao que parece, a população esclarecida está bem orientada e vem fazendo a sua parte, independente dos poderes públicos.
O que virá depois será consequência do que estamos permitindo que se faça hoje.
Governadores e prefeitos têm atuado, na sua maioria, de forma assertiva dentro do que o momento exige. O mesmo não podemos dizer da presidência, já que o cargo está vago.
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