Quarentena dá voto
Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, fez referência às aprovações de 51% e 55% dos governadores João Doria (São Paulo) e Wilson Wiltzel (Rio), respectivamente, na gestão da crise do coronavírus, conforme o Datafolha. "O que me preocupa é que eles, que estão ligadíssimos em 2022 e não desperdiçam uma oportunidade para ganhar adeptos", afirma
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Esse resultado da pesquisa Datafolha que mostra aprovação crescente tanto de João Doria quanto de Witzel depois que eles decretaram a quarentena em seus respectivos estados – São Paulo e Rio de Janeiro - é preocupante.
Ambos obtiveram 51%.
O que me preocupa é que eles, que estão ligadíssimos em 2022 e não desperdiçam uma oportunidade para ganhar adeptos, se inebriem com os números e estiquem a quarentena ao máximo, pois quanto mais quarentena mais serão aprovados e mais fortes nas suas próximas eleições. Seja a presidente ou a governador. Uma das duas eles com certeza vão disputar.
Tomara que eles não façam como Kirk Douglas em “A Montanha dos Sete Abutres”, obra prima de Billy Wilder, rodada em 1951.
Na pele do repórter mau caráter Charles Tatum, faz de tudo para prorrogar ao máximo o socorro a Leo Minosa, vítima de soterramento de uma mina, porque cada dia de Minosa entre a vida e a morte dava uma nova manchete que esgotava a edição do seu jornal e o alçava ao posto de o mais famoso repórter do país.
No dia em que o mineiro fosse salvo, acabariam as manchetes e seu momento de glória.
Charles Tatum adiou tanto o salvamento que o mineiro não resistiu.
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