Quaquá, de braços com o genocida Pazuello, "pisoteando o túmulo de mais de 450 mil mortos"
"Embora seja solidário à indignação geral, confesso que, vindo do referido deputado, nada mais me espanta", critica Valter Pomar
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Tem muita gente muito indignada com a foto acima.
Nessa foto, um deputado federal petista abraça e faz "joinha" ao lado de um ex-ministro do governo cavernícola.
Não qualquer ministro, mas exatamente aquele que esteve à frente do Ministério da Saúde num dos momentos mais letais da pandemia.
Alguém que merece ser processado, condenado e preso.
Assim sendo, compreendo a indignação.
Indignação compartilhada inclusive por pragmáticos.
Afinal, pragmatismo sin pundonor termina mal, como sabe muito bem o Cândido Vaccarezza, cuja lembrança me veio agora: afinidades eletivas explicam.
Isto posto, embora seja solidário à indignação geral, confesso que, vindo do referido deputado, nada mais me espanta.
Não me espanta ele se declarar "marxista", como o fez em sua intervenção no Diretório Nacional do PT reunido no dia 13 de fevereiro de 2023, intervenção dedicada a apresentar o projeto de resolução da tendência "Construindo um novo Brasil".
Nem me espanta ele tirar a referida foto com Pazuello e postar a foto junto com um textículo onde se defende por antecipação da crítica dos "intolerantes", elogia o "tom civilizado do General" e afirma querer "com ele criar pontes de diálogo com os militares".
Não me espanto nem mesmo com o êxtase demonstrado por Quaquá na foto, contrastando com o olhar sem graça do amigo do homônimo da vaca fardada.
O único que tenho a dizer é que “não pode ser a esquerda que vai dar de braços a Bolsonaro, para sair as ruas pisoteando o túmulo de mais de 450 mil mortos”.
A frase acima é do Quaquá e está no jornal O Dia de 27 de maio de 2021, num artigo intitulado "é coerência que se chama?"
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