Quanto mais tempo de CPI menos chance de impeachment

Segundo o jornalista Alex Solnik, “o ideal seria a CPI acabar em agosto”, pois “haveria tempo, a depender da temperatura política, para Lira colocar o impeachment na mesa”. Ele ainda lembra que “CPI que é CPI é aquela que derruba presidente”

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)


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Por Alex Solnik

CPI que é CPI, apesar de não poder convocar presidente para depor, é aquela que derruba presidente.

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Estava tudo mais ou menos tranquilo para ele, até aparecerem os irmãos Miranda. E a CPI pegou no breu.

Mas tenho dúvidas quanto a essa decisão de prorrogar por mais noventa dias.

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Reconheço que quanto mais a CPI durar mais Bolsonaro ficará desgastado, mas tem o outro lado.

Quanto mais a CPI avançar no calendário, menos espaço para o impeachment vingar.

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O ideal seria a CPI acabar em agosto. Haveria tempo, então, a depender da temperatura política, para Lira, talvez, submetido a pressão irresistível, colocar o impeachment na mesa. No máximo setembro.

Daí pra frente fica inviável.

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Do início de um escândalo como o atual até o final leva de cinco a sete meses.

Se ficar para 2022, já era.

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