Quanto mais se mexe, mais o mal cheiro aparece

Bolsonaro e Milton Ribeiro
Bolsonaro e Milton Ribeiro (Foto: Secom/PR | ABR)


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A imprensa está alvoroçada com seus olhos e ouvidos voltados para o MEC. A pasta que gere a educação pública no Brasil tem batido recordes de escândalos e denúncias, graças aos cortes bilionários no orçamento e as acusações de corrupção envolvendo o presidente Jair Bolsonaro.

Mesmo que alguns bolsonaristas digam que a culpa é da “esquerda” ou de quem vive torcendo contra, o engodo envolvendo o MEC promete ser apenas a ponta de um iceberg que está louco para emergir. E não poderia ter vindo em pior hora para o capitão que, tentando emplacar uma reeleição, assiste ao crescimento vertiginoso do seu índice de rejeição a cada nova pesquisa publicada. Como no levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, divulgado no dia 27 de junho, no qual 57% dos entrevistados disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Como culpá-los?

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Enquanto isso, o inquérito sobre corrupção e tráfico de influência no MEC continua e o presidente da República ainda não afinou seu discurso sobre o assunto. Em março, quando a bomba estourou, disse que colocaria a “cara no fogo” pelo então ministro Milton Ribeiro. Em declaração mais recente, mudou a linha de sua narrativa e afirmou que o ex-ministro – que antes era santo – deveria responder por seus atos.

Mas não adianta Bolsonaro querer se fazer de rogado. No áudio que denunciou todo esquema, Ribeiro explica aos prefeitos e religiosos que a prioridade foi estabelecida por uma solicitação direta do presidente.

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E, como se não bastasse, durante uma conversa telefônica com sua filha, o ex-ministro afirmou que o capitão teve um “pressentimento” sobre a realização de operações de busca e apreensão da Polícia Federal envolvendo supostas irregularidades na distribuição de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado a sua pasta.

De duas, uma. Ou Bolsonaro é vidente ou ele confessou sua influência na PF. Para o Supremo Tribunal Federal (STF), a segunda hipótese é a mais viável e os magistrados tornaram sigilosas as investigações sobre essa suposta interferência.

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O que sabemos é que essa novela está longe de acabar e que ela vem impactando negativamente para a campanha eleitoral do presidente. Afinal, os pastores ladrões estiveram no Palácio do Planalto 35 vezes, comprovando que eram “de casa” e isso Bolsonaro não tem como negar.

No final das contas, mesmo andando entre ladrões, milicianos e assassinos, esse Messias não tem oferecido a salvação ao povo brasileiro. Muito pelo contrário! Nosso país segue ladeira a baixo, de forma acelerada e descompensada.

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Mas essa peleja está chegando ao fim. Fim, esse, que virá antes do que imaginávamos, ainda no primeiro turno das eleições, quando varreremos para longe todos os vestígios desse governo perverso e inimigo do povo brasileiro.

Só depende de nós!

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