Qual futuro do Bolsonarismo?

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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Ainda não existe um significado formal da palavra Bolsonarismo. Vai ser interessante ver numa futura edição física e online do Dicionário da Lingua Portuguesa do Aurélio Buarque de Holanda Ferreira a explicação da palavra Bolsonarismo. Com certeza o neologismo será incorporado para exemplificar o movimento fascista desse período. Tal qual temos sobre a palavra Nazi. Assim, vai se formando o léxico, conjunto de palavras que faz parte de uma língua. As escolhas linguísticas que indicam uma avaliação podem indicar aprovação ou desaprovação, de cunho afetuoso ou odioso. No caso de Bolsonarismo, além de uma ligação religiosa com a figura do presidente Bolsonaro, também deverá estar indicada ao ódio e estupidez, fruto de um julgamento que reforça a avaliação negativa quanto à capacidade intelectual, enfim: um analfabeto funcional.

Ou seja, é nazista aquele quem aderiu ao movimento do regime de Hitler na Alemanha e aqui Bolsonarista aquele que aderiu ao regime neofascista brasileiro. 

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Pois bem, desde a vitória de Lula na campanha para Presidente da República, que todos os Bolsonaristas entraram em parafuso. O discurso era alinhado, que vem sendo construído desde o início do ano pelo presidente Bolsonaro para seus seguidores fanáticos. Onix Lorenzoni, candidato derrotado ao governo do Rio Grande do Sul, nem aventava a hipótese de vitória de Lula. Nem para uma possível reflexão. O mesmo pairou para o segmento mais radical de Bolsonaristas, que até agora, não respeitaram os resultados das urnas. Aqui que preconizava Bolsonaro, que eram atitudes de esquerda, demonstram que essas reações antidemocráticas são típicas de golpistas da extrema direita. E assim como Trump, criaram seus próprios atos de resistência pelo país.

Bolsonaristas começaram a fechar estradas acreditando que em 72 horas o exército iria intervir. Obviamente não houve intervenção. Logo depois, o gabinete do ódio começou a disseminar fakenews dizendo que todos deveriam ir para frente dos quartéis do exército. Mais uma vez, não houve intervenção. A próxima tática foi dizer que a página do exército precisava ter 20 milhões de seguidores no Instagram para estimular a intervenção. É lógico que não existe essa cláusula na Constituição, sobre ter milhões de seguidores para haver intervenção. Então, não houve intervenção. Agora, acreditam que não houve intervenção, porque devem aguardar as eleições americanas. Acreditam que se Trump for eleito presidente da Câmara dos deputados. Isso é o pior do analfabetismo funcional. Talvez não tão patético quanto o maior meme do ano: O patriota do caminhão.

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Agora com a derrota cada vez mais consolidada, a tendência é enfraquecer nesse momento o movimento Bolsonarista. Se o próprio Jair não abandonar esse grupo raivoso, é possível que possam crescer como oposição ruídos, a partir do Estado de São Paulo, que será o reduto dos fascistas no Brasil. Células nazistas cresceram com a normalização do ódio no Brasil cada vez mais, veremos movimentos isolados acontecendo, mas será mais contundente com um líder da extrema direita no comando. Bolsonaristas defendem o direito de mentir, fraudar e caluniar como se isso fizesse parte de uma liberdade de expressão. Essa metodologia veio para ficar como arma dos fascistas que conseguem arrebatar grandes massas.

A despeito de Bolsonaro seguir sempre o script dos movimentos totalitários da extrema direita internacional, articulações a médio e longo prazo irão acontecer, mesmo com o movimento enfraquecido. E não se iludam, se houver uma virada de mesa nos Estados Unidos, outros países seguirão o modus operandi da maior potência do mundo.

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Pelo sim, pelo não, os filhos de Bolsonaro já estão pedindo azilo na Itália, hoje com o fascismo assumindo no país, para se protegerem na chuva de processos que vão acontecer para o ano seguinte. Mas a pergunta fica no ar: E Jair?

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