Qual é o prefeito que Campinas precisa?
Quero um prefeito que, como Jonas Donizette, reconheça a saúde, a educação a saúde, o saneamento, o lazer como prioridade e a mobilidade urbana sejam prioridades, tudo contextualizado num conceito de desenvolvimento social e econômico, com governança e sustentabilidade
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Começo dizendo que a nossa cidade não precisa de um prefeito que tenha por motivação o ódio, não acredito que esse sentimento seja capaz de semear, cuidar e colher bons frutos.
Faço esse registro para fortalecer o argumento de que: é necessária e nossa presença na política. E não me alinho àqueles que acreditam que uma nova política exige novos rostos; acredito em métodos que permitam forjar ou realinhar, democraticamente, políticas públicas que simultaneamente sejam críticas e construtivas.
Todos os cidadãos tem que conhecer os problemas, debatê-los e comprometer-se com a solução, o que somente é possível através da Política, não há outro caminho. E não me refiro à política partidária, mas ao necessário exercício da cidadania. É verdade que as circunstâncias em que vivemos não mudarão de imediato com a nossa efetiva participação, mas se olharmos para a realidade de maneira nova, poderemos viver de forma revigorada os desafios na construção do bem comum. E como disse o papa Francisco: “Não nos esqueçamos que entrar na política significa apostar na amizade social.", e não ao ódio.
Há quem diga que a administração pública precisa de técnicos, isso é meia verdade, pois a Política não é a mera arte de administrar o poder, os recursos ou as crises, a política é uma vocação de serviço, é compromisso com as pessoas e com a paz social.
Precisamos de um prefeito generoso e capaz de agir com empatia, a sociedade está mudando e nós vivemos verdadeira mudança de época, que exige renovar e compreender linguagens, símbolos e métodos (e não se trata apenas de melhorar uma estratégia de “marketing”, mas de assumir a necessidade de respeitar as demandas que são trazidas, perceber o sofrimento e ouvir a todos), que permitam forjar alternativas que simultaneamente sejam críticas e construtivas.
Essa mudança de época exige: atenção às mulheres, aos jovens, aos mais pobres, aos negros e à comunidade LGBT, pois são grupos que compõe um espaço privilegiado e alinhado com uma nova sensibilidade cultural, e segundo Francisco: “se não quisermos nos perder num mar de palavras vazias, olhemos sempre o rosto das mulheres, dos jovens e dos pobres. Devemos olhá-los como sujeitos de transformação e não como meros objetos de assistência”.
Em síntese: é preciso valorizar o povo, as pessoas, os movimentos populares de um modo novo, respeitar o empreendedorismo e os representantes éticos do setor produtivo. Fazer política a partir do povo e da sociedade em movimento pode se tornar uma maneira poderosa de sanar nossas frágeis democracias e de abrir o espaço para reinventar novas instâncias representativas de origem popular. O prefeito deve ser um zeloso e generoso ouvidor, não deve transformar o executivo em trincheira ideológica, o debate ideológico deve ser feito na câmara de vereadores e na sociedade, não no 4º andar do Palácio dos Jequitibás.
Quero um prefeito que, como Jonas Donizette, reconheça a saúde, a educação a saúde, o saneamento, o lazer como prioridade e a mobilidade urbana sejam prioridades, tudo contextualizado num conceito de desenvolvimento social e econômico, com governança e sustentabilidade; quero um prefeito que respeite a liberdade e a igualdade e que tenha claro que não existe forma válida de compromisso político sem que a sociedade esteja presente.
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