Putin esqueceu de combinar com os russos
Entrar em guerra sem apoio da própria população é meio caminho andado para a derrota, afirma o jornalista Alex Solnik
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Nem os russos estão apoiando o ataque de Putin à Ucrânia.
Protestos pipocam em várias cidades, inclusive em Moscou. Apesar do tom pacifista, a polícia de Putin está prendendo a torto e a direito. Mais de 1000 estão presos.
O Prêmio Nobel da Paz de 2021, jornalista russo Dmitri Muratov fez um vídeo em que segura as lágrimas e confessa:
“Estou com vergonha”.
Critica duramente o líder russo:
“Ele apertou o botão nuclear como se estivesse girando a chave de um automóvel de luxo”.
Um país enorme atacar outro bem menor é, sobretudo, um ato de covardia, além de ser crime.
Apontado como grande estrategista, Putin partiu pra cima da Ucrânia sem antes perguntar o que sua população queria.
Esqueceu de um detalhe: milhares de russos têm família e amigos na Ucrânia.
Não estão dispostos a ver seus filhos morrerem no front - hoje morreram 50 russos - ou matarem seus primos, seus tios, seus irmãos ou amigos.
Entrar em guerra sem apoio da própria população é meio caminho andado para a derrota.
Isolado e repudiado pela maioria dos países, Putin também corre o risco de enterrar todo o prestígio interno que o mantém no poder há 20 anos.
Minha mãe me ensinou um ditado ucraniano:
“Quanto mais alto, maior é o tombo”.
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