PT versus PT

"O fato inédito da eleição a prefeito de São Paulo deste ano é que, pela primeira vez, o PT vai disputar contra o PT. Essa história de que Marta é do PMDB não vai colar", escreve o colunista do 247 Alex Solnik, lembrando que "é muito cedo para tirar dela o rótulo petista, se é que um dia ele vai sair"; resgatando a história dos prefeitos da capital paulista, o jornalista avalia que, "a julgar pelo retrospecto, São Paulo tende a escolher um próximo prefeito conservador, o que se torna mais factível dada a divisão dos votos petistas entre Marta e Haddad"; "É contra essa tendência que Haddad deverá travar a sua maior batalha", afirma; leia a íntegra

"O fato inédito da eleição a prefeito de São Paulo deste ano é que, pela primeira vez, o PT vai disputar contra o PT. Essa história de que Marta é do PMDB não vai colar", escreve o colunista do 247 Alex Solnik, lembrando que "é muito cedo para tirar dela o rótulo petista, se é que um dia ele vai sair"; resgatando a história dos prefeitos da capital paulista, o jornalista avalia que, "a julgar pelo retrospecto, São Paulo tende a escolher um próximo prefeito conservador, o que se torna mais factível dada a divisão dos votos petistas entre Marta e Haddad"; "É contra essa tendência que Haddad deverá travar a sua maior batalha", afirma; leia a íntegra
"O fato inédito da eleição a prefeito de São Paulo deste ano é que, pela primeira vez, o PT vai disputar contra o PT. Essa história de que Marta é do PMDB não vai colar", escreve o colunista do 247 Alex Solnik, lembrando que "é muito cedo para tirar dela o rótulo petista, se é que um dia ele vai sair"; resgatando a história dos prefeitos da capital paulista, o jornalista avalia que, "a julgar pelo retrospecto, São Paulo tende a escolher um próximo prefeito conservador, o que se torna mais factível dada a divisão dos votos petistas entre Marta e Haddad"; "É contra essa tendência que Haddad deverá travar a sua maior batalha", afirma; leia a íntegra (Foto: Alex Solnik)


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O fato inédito da eleição a prefeito de São Paulo deste ano é que, pela primeira vez, o PT vai disputar contra o PT.

Essa história de que Marta é do PMDB não vai colar. É muito cedo para tirar dela o rótulo petista, se é que um dia ele vai sair. Reza a lenda que, uma vez PT, sempre PT. Dificilmente um ex-petista emplaca num outro partido, na maioria das vezes deixa de ser político porque nunca mais consegue se eleger.

Os votos, portanto, que Marta vai buscar em São Paulo são aqueles que ela conquistou quando foi prefeita pelo PT e que estão na periferia. A cada eleição fica mais claro que quem elege o prefeito de São Paulo é a periferia, onde a população aumenta e não o centro, onde escasseia.

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São Paulo é uma cidade volúvel e imprevisível quanto ao gosto eleitoral, é o que se viu nos últimos trinta anos, desde a redemocratização.

Começa por 1985, a cidade tinha acabado de alavancar as Diretas Já, os ares de liberdade tomavam conta das ruas, mas na hora do vamos ver a cidade elegeu o autoritário, careta e corrupto Jânio Quadros! Ele ficou conhecido por fiscalizar pessoalmente motoristas infratores e por assediar as repórteres que cobriam o dia a dia do seu gabinete, apesar de não ter mais nem o aspecto nem a idade de um galã.

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Mas São Paulo também não perdoa quando se decepciona com sua escolha e não tem vergonha de na eleição seguinte votar numa pessoa de perfil oposto, como fez em 1988, colocando no lugar do conservador Jânio a petista e progressista Erundina. Pelo visto ela também não agradou tanto assim porque em 1992 São Paulo votou em Maluf, mostrando, mais uma vez que não se importa com a ideologia do candidato, um fervoroso adepto da ditadura militar que São Paulo deplorava e ajudou a derrubar.

Por mais estranho que pareça, Maluf agradou, de certa forma, porque em 1996 elegeu seu candidato com a frase "se o Pitta não for um bom prefeito nunca mais vote em mim". Como a política, assim como o dinheiro, não aceita desaforo Maluf foi castigado. Pitta entrou na história como o pior prefeito de São Paulo de todos os tempos. Tanto é que em 2000 os conservadores foram defenestrados e a eleita foi a petista Marta Suplicy.

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Marta também não convenceu, perdeu para Serra em 2004, e ele usou a prefeitura como trampolim para o governo, deixando a cidade nas mãos do conservador, careta e malufista Gilberto Kassab. Em 2006 ele se elegeu prefeito, tornando-se no político que governou a maior cidade do país por mais tempo - sete anos – desde a redemocratização. E quem ficou menos tempo na prefeitura de São Paulo nos últimos 30 anos foi o PSDB, apenas um ano com Serra.

A julgar pelo retrospecto, São Paulo tende a escolher um próximo prefeito conservador, o que se torna mais factível dada a divisão dos votos petistas entre Marta e Haddad.

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É contra essa tendência que Haddad deverá travar a sua maior batalha.

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