PT e Lula: É hora de derrotar o golpismo de Bolsonaro nas ruas!
"É a hora de convocar uma forte resistência nas ruas para o dia 7 de setembro — principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, capitais em que o neofascismo bolsonarista pretende exibir uma grande demonstração de forças", defende o jornalista Milton Alves
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Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro tem ampliado a virulência de seus ataques contra as anêmicas instituições da República –- em particular contra o Supremo Tribunal Federal [STF]. As reações das instituições são fracas e até uma reunião do fórum de governadores, na segunda-feira (23), apelou para um inócuo e improvável diálogo com o genocida que ocupa o Palácio do Planalto.
Os apelos autoritários do presidente assumiram uma tonalidade mais agressiva com um duplo objetivo: mobilizar a base favorável ao governo e intimidar as autoridades da República e a oposição. O movimento de Bolsonaro pressiona ao máximo o combalido sistema institucional e busca projetar uma imagem de força, agrupando os seus seguidores para ações mais contundentes de assédio político.
As provocações criminosas de Bolsonaro são inúmeras e cada vez mais graves: Ele promove uma verdadeira insurgência nas tropas de PMs em diversos estados, também intensificou a agitação na baixa oficialidade do Exército e reforçou o barulho nas redes sociais. Entre as camadas populares, o bolsonarismo mobiliza a base evangélica – a principal base social militante a favor do presidente – , além da chamada “família militar” e hordas de milicianos dos CACs, grupos de caminhoneiros, agroboys e de academias de maromba. Eles são milhões e estão organizados em diversas redes de tipo vertical e permanente.
É um erro grave acreditar na possibilidade de uma política de apaziguamento com Bolsonaro. É um erro mais grave ainda confiar na higidez do calendário eleitoral, é quase um harakiri político antecipado — faltam 16 meses, é tempo demais para o governo de extrema direita realizar um estrago de enormes proporções na fragilizada institucionalidade do país.
Portanto, é prematuro e arriscado apostar todas as fichas apenas na disputa eleitoral. A travessia até lá vai exigir mais luta, mais unidade dos verdadeiros democratas, mais vigilância da esquerda partidária e social.
O governo Bolsonaro joga contra o tempo, mas o tempo político só será favorável para uma saída progressista da atual crise — política, institucional, econômica e sanitária –, se a esquerda jogar de forma mais ativa e com os melhores times em campo. A tática de jogar parado, na retranca, pode levar para uma derrota na rodada final do campeonato.
Neste sentido, é indispensável o papel de liderança do ex-presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT) na coordenação de esforços para levantar uma potente agenda de manifestações de rua antigolpista. O único meio e o método eficaz para derrotar a intentona de Bolsonaro e, no futuro próximo, assegurar o respeito aos resultados eleitorais de 2022, no caso de um triunfo popular.
É a hora de convocar uma forte resistência nas ruas para o dia 7 de setembro — principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, capitais em que o neofascismo bolsonarista pretende exibir uma grande demonstração de forças.
Uma jornada nacional no 7 de setembro pelo Fora Bolsonaro e em defesa das liberdades democráticas, mobilizando as entidades da sociedade civil, os movimentos sociais e, sobretudo, a população trabalhadora.
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