PT aumentou emprego e salário por 12 anos sem eliminar um só direito

De alguma forma seria bom para o Brasil que Temer conseguisse governar até 2018. Claro que a democracia seria conspurcada – e isso é muito grave, é até inaceitável –, mas os brasileiros provariam desse remédio amargo que é a direita governar e em 2018 voltariam correndo para a esquerda, implorando a volta de Lula

São Bernardo do Campo- SP- Brasil- 04/04/2016- Ex-presidente Lula, durante ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
São Bernardo do Campo- SP- Brasil- 04/04/2016- Ex-presidente Lula, durante ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula (Foto: Eduardo Guimarães)


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No último sábado, esta página publicou matéria que provou, por A mais B, que é balela do Michel Temer e do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, que, na França, a jornada de trabalho tenha passado de 35 horas semanais (e não 36, como esses golpistas afirmaram) para (como disseram primeiro) 80 ou 60 horas (como retificaram depois).

A matéria em tela reproduziu dados da legislação francesa sobre o tema. Esses dados mostram que o que ocorreu naquele país é ter sido autorizada a mera possibilidade de os trabalhadores franceses trabalharem mais horas dos que as 35 que a lei prevê, mas só em condições excepcionais como, por exemplo, em caso de catástrofe (natural ou não) ou para uma distribuição emergencial de medicamentos.

Temer e o presidente da CNI tentaram vender ao público que a França estaria aumentando a carga horária semanal dos trabalhadores, o que, como mostrou a matéria supracitada, é uma tremenda farsa.

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Contudo, essa não é a primeira e, provavelmente, nem terá sido a última vez em que os golpistas tentarão vender aos brasileiros a premissa revoltante, criminosa de que é preciso exterminar direitos e benefícios dos trabalhadores para gerar mais empregos no país.

Algumas semanas antes do estarrecedor episódio das “80 horas de trabalho semanais”, o ministro-chefe da Casa Civil interino, Eliseu Padilha, criticou a legislação trabalhista estabelecida em 1946 durante almoço com grupo de líderes empresariais em São Paulo.

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Padilha disse reconhecer que “a CLT foi necessária na época de sua criação”, mas “a década de 40 já ficou para trás há muito tempo”. E propôs, para delírio do patronato: “nós temos que olhar rumo ao amanhã e fazer reforma trabalhista”.

Por “reforma trabalhista”, o ministro-chefe dos golpistas quis dizer eliminação de direitos, aumento da jornada de trabalho, com diminuição de salários, e outras barbaridades.

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A organização anfitriã – Grupo de Líderes Empresariais – foi criada pelo pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria, que estava na mesa durante o discurso de Padilha.

Veja o vídeo:

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Só quem é muito estúpido e desinformado ou muito mau-caráter e cínico não reconhece que o governo Temer, se vier a ocorrer – por enquanto, é mera ameaça que pode virar realidade –, terá como prioridade tirar dos brasileiros tudo que ganharam com os governos do PT entre 2003 e 2014 – a partir de 2015, os golpistas conseguiram sabotar o Brasil e fizeram tudo piorar.

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Temer e sua gangue tentam vender aos brasileiros a premissa ridiculamente frágil de que, para recuperarmos o nível de emprego – de melhora dos salários os golpistas não falam –, será preciso reduzir direitos trabalhistas esculpidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Uma simples pesquisa na internet revela quão absurda é essa teoria. Os dados que a desmontam estão disponíveis a qualquer um que quiser a verdade. Cumpre a este Blog, portanto, divulgá-los para que todos entendam que a gangue golpista que usurpou o poder (por sorte, ainda interinamente) tem o objetivo único de roubar do povo brasileiro tudo de bom que os governos do PT propiciaram.

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Vamos lá.

Em primeiro lugar, tratemos da criação de empregos com carteira assinada – o tipo de emprego que verdadeiramente interessa aos brasileiros.

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Para quem não sabe, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 59,6% no Brasil em 12 anos, segundo o IBGE. Percentual médio de trabalhadores com emprego formal no setor privado foi de 50,8% em 2014; em 2003, era de 39,7%.

O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões).

Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões), de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

A publicação completa está em:

www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/

A publicação da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2014 está em:

www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/estudos_retrospectiva.shtm

Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE

Mas isso nem é o mais impressionante, porque decorre de outro fenômeno criado pelos governos petistas: a contínua e forte geração de empregos no país, ou as políticas públicas que, por mais de uma década, fizeram o desemprego cair sem parar, como demonstra gráfico do IBGE abaixo reproduzido.

emprego 1

Como o leitor pode constatar, o desemprego no Brasil caiu de 12,6% no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso (2002) para 9,9% no último ano do primeiro governo Lula (2006), 6,7% no último ano do segundo governo Lula (2010) e para 4,8% no último ano do governo Dilma Rousseff (2014).

Nenhum direito foi tirado dos trabalhadores durante esses 12 anos. E sem mexer nos direitos trabalhistas que o governo ilegítimo do golpista Michel Temer quer retirar, os governos petistas conseguiram um outro feito tão importante quanto o de aumentar muito o nível de emprego com carteira assinada: aumentaram fortemente o valor dos salários.

Para quem não sabe, renda real do trabalhador cresceu mais de 33% desde 2003. Renda média anual passou de R$ 1.581,31 para R$ 2.104,16 em 12 anos. Serviços domésticos tiveram maior aumento, com avanço de 69,9% no período.

A média anual da renda da população ocupada do País, descontada a inflação, cresceu 33,1%, entre 2003 e 2014, passando de R$ 1.581,31 para R$ 2.104,16, o que significa acréscimo de R$ 522,85, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apenas em 2014, a média anual do rendimento habitual real da população ocupada (R$ 2.104,16) cresceu 2,7% em relação a 2013 (R$ 2.049,35). A população ocupada compreende as pessoas que tinham trabalho na semana anterior à realização da pesquisa, ou seja, os indivíduos que tinham um patrão, os que exploravam seu próprio negócio e os que trabalhavam sem remuneração em ajuda a membros da família.

Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE

O que é mais importante em tudo isso nem são os números, mas o fato de que os bons governos petistas fizeram a vida da maioria avassaladora dos brasileiros melhorar contínua e fortemente durante mais de uma década. Foram 12 anos – DOZE ANOS!! – de melhora ininterrupta.

Os fatos acima elencados mostram outro dado muito importante: o PSDB e o PMDB não aprenderam nada durante a era petista. Tucanos, peemedebistas e pefelês (hoje demos) chegaram ao poder em 1995 e conseguiram ficar 8 anos no poder com ajuda de uma imprensa, de um Ministério Público e de uma Polícia Federal que serviam aos donos eventuais do poder. Mas foi pouco tempo, se compararmos com o que conseguiu o PT.

Enquanto a direita fascista conseguiu 2 mandatos presidenciais, os governos progressistas conseguiram 4 e poderiam ter conseguido 6, 8 ou 10, se não fosse a crise econômica internacional, a Lava Jato partidarizada e a maioria reacionária de ultradireita que se formou no Congresso na eleição de 2014 graças a erros da própria esquerda (junho de 2013).

Como sempre, a direita subestima o povo. Subestimou durante a era FHC achando que poderia vender o Brasil a preço de banana e eliminar direitos trabalhistas – esse discurso de Eliseu Padilha sobre tirar direitos para criar empregos, que você viu no vídeo acima, era comum na vez anterior em que tucanos, pefelês e peemedebês estiveram no poder (1995 – 2002).

Por tudo isso, de alguma forma seria bom para o Brasil que Temer conseguisse governar até 2018. Claro que a democracia seria conspurcada – e isso é muito grave, é até inaceitável –, mas os brasileiros provariam desse remédio amargo que é a direita governar e em 2018 voltariam correndo para a esquerda, implorando a volta de Lula.

O grande desafio das pessoas racionais e informadas é mostrar os dados acima ao povo brasileiro para que entenda quão absurda e criminosa é a “proposta” do governo de Temer, de sua gangue demo-tucano-peemedebê e da mídia golpista no sentido de que seria preciso eliminar direitos dos trabalhadores e deprimir salários para gerar empregos no Brasil.

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