Protestos e Convenções
Como diz o ex-ministro Ciro Gomes, "Não é possível colher um maracujá de um pé de maçã. Ele (Temer) é basicamente o representante desse lado fisiológico, clientelista e corrupto do PMDB. O País precisa de uma coisa oposta"
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Em todas as cidades em que houve protesto a favor ou contra o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, ficou nítido que houve uma redução no número de pessoas. E são várias as explicações.
Uma delas usa como justificativa a distância que existe até o dia da votação pelo Senado Federal e acredita que a tendência é de aumentar o número de ativistas. Outra corrente pondera na decepção de muitos que foram pras ruas contra Dilma e o PT.
Acho que estão todos certos. É tudo isso e um pouco mais, como é o caso da formação ministerial do governo do interino Michel Temer, basicamente com uma penca de ministros respondendo a uma série de processos.
Como diz o ex-ministro Ciro Gomes, "Não é possível colher um maracujá de um pé de maçã. Ele (Temer) é basicamente o representante desse lado fisiológico, clientelista e corrupto do PMDB. O País precisa de uma coisa oposta."
Outro fator que prejudicou os protestos foram as convenções partidárias. Neste sábado e domingo foram muitas as realizadas nas capitais e em cidades do interior. Isso atrapalhou até na articulação dos simpatizantes de ambos os lados.
Na da Bahia, por exemplo, lá estava o ex-ministro de Dilma, Jaques Wagner. Ele teve que dividir o seu discurso no apoio aos aliados de esquerda e na questão do impeachment: "Esses caras do golpe têm pesquisas como eu tenho e eles sabem que 60% do povo de Salvador é contra o golpe", disse Wagner.
Em Porto Alegre, na convenção que indicou Raul Pont (PT), o discurso seguiu o mesmo caminho. A todo instante ocorria o grito "Fora Temer. Portanto, fica claro que a discussão sobre impeachment – "golpe"?", deverá ser tema importante na campanha.
E sobre convenções, a do prefeito Rui Palmeira (PSDB) deu o exato tom de quais serão alguns dos seus argumentos durante o processo eleitoral. Em seu discurso alfinetou adversários ao dizer que tirou a prefeitura das páginas policiais.
Afirmou, ainda, que "a população vai saber comparar, 4 anos de quem fez com responsabilidade, de quem agiu zelando pelo dinheiro público, com quem passou 8 anos, que deixo para o eleitor avaliar, deixo para justiça avaliar, deixo para o Ministério Público avaliar". Ou seja, disparou contra o ex-prefeito Cícero Almeida (PMDB).
Terá resposta de Cícero Almeida? Qual argumento o ex-prefeito já tem para contrapor tais questionamentos?
Bom, e nesta segunda-feira (1) Rui Palmeira dá continuidade a sua exposição nas ruas de Maceió. Quando não inaugura, vistoria obras, quase todos os dias. Dessa vez foram as de pavimentação de ruas no Clima Bom.
É a corrida eleitoral prestes a esquentar de vez.
EM TEMPO – O EX-PRESIDENTE DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO, O POLÊMICO ALEXANDRE KALIL, TEVE O SEU NOME APROVADO DURANTE CONVENÇÃO DO PHS. ELE SERÁ CANDIDATO À PREFEITURA DE BH.
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