Prognósticos “empíricos” sobre política e economia são fraude financeira e eleitoral

Passou do aceitável a manipulação escrachada, escancarada e possivelmente fraudulenta – portanto, criminosa – que tem sido feita por setores do mercado financeiro contra a economia do país



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Passou do aceitável a manipulação escrachada, escancarada e possivelmente fraudulenta – portanto, criminosa – que tem sido feita por setores do mercado financeiro contra a economia do país através de "analistas" que, a partir de como se autoproclamam, confessam que seus prognósticos catastrofistas são puramente "empíricos".

Segundo o dicionário Houaiss, usar o termo "empírico" – no singular ou no plural – para descrever a qualificação de qualquer profissional é um insulto. Dizer que aquele profissional faz prognósticos "empíricos" (em português) ou "empiricus" (em latim), equivale a dizer que tal profissional não passa de um "charlatão".

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Muito pior é se um analista do mercado financeiro, por exemplo, assume-se como "empírico" (em português) ou "empiricus" (em latim). Aí, trata-se de uma confissão...

Quem diz isso não é o Blog, mas o dicionário

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Não passam de charlatanismo em estado sólido, pois, essas análises de setores do mercado financeiro – incluindo as feitas pelas famigeradas "consultorias" – que admitem, por escrito e em áudio, que já ganharam "muito dinheiro especulando contra a Petrobrás" ou contra a situação econômica do país.

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Há uma certa consultoria, por aí, que, segundo o Houaiss, alardeia ser charlatã ao batizar a si mesma com o termo pejorativo em latim – "empiricus". Usando fórmulas enlatadas para faturar no mercado financeiro com catastrofismo, confessadamente contra empresas públicas ou privadas e contra a situação econômica do país, essa consultoria faz previsões sem qualquer base lógica ou factual.

Não existe um só analista econômico respeitado que seja capaz da enormidade de dizer que o salário de todos vai cair pela metade, que haverá desemprego em massa, que vidas estão prestes a ser arruinadas. Dizer isso é uma vigarice.

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Há, sim, previsões catastrofistas feitas até por grandes conglomerados financeiros, mas nenhuma que preveja tal nível desgraça, até porque o Brasil detém excelente avaliação de risco de eminentes agências internacionais, o tal "investment grade" ou "grau de investimento".

São ridículos esses prognósticos "empíricos". São charlatanice. O Brasil tem recebido um forte volume de investimentos, detém quase 400 bilhões de dólares de reservas, tem o mais baixo nível de desemprego da história.

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Para granjear credibilidade, esses prognósticos "empíricos" alardeiam que seus autores teriam "acertado" contra todas as previsões conhecidas em 2008, quando estourou a maior crise econômica internacional desde o limiar do século XX.

Balela. As previsões, após a quebra virtual do banco dos irmãos Lehman, foram tão catastrofistas que chegaram a dizer que a dívida insolvente que desencadeara a maior crise internacional em mais de 80 anos poderia chegar a insanos 300 TRILHÕES DE DÓLARES (!). Uma maluquice.

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Já apostar "contra a Petrobrás", como os prognósticos "empíricos" (em português) ou "empíricus" (em latim) confessam que fizeram, era meio óbvio e, por isso, muita gente se livrou da queda no preço das ações da companhia.

Afinal, o plano de investimentos anunciado pela maior empresa brasileira para explorar o pré-sal mostrava que haveria endividamento e, claro, quando uma empresa se endivida para investir, até que aqueles investimentos gerem lucro essa empresa perde valor devido à dívida acumulada, pois ninguém sabe se um endividamento, mesmo que planejado, irá gerar os resultados pretendidos.

O alarmismo promovido por setores do mercado financeiro que vêm atuando em consonância com fortes doações que estão fazendo e farão para comitês eleitorais de candidatos a presidente de oposição à candidata do governo beira a fraude eleitoral, além da financeira.

Tanto para fraudes eleitorais como no mercado financeiro, este país tem leis. Autoridades competentes, ao não aplicá-las, incorrerão nos mesmos crimes dos autores. Podem até não responder já, mas, cedo ou tarde, terão que responder. Criminosos da ditadura militar, por exemplo, supuseram que jamais seriam questionados.

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