Prisionidade de expressão
Os rompantes do ogro que habita o Palácio do Planalto não param e ficam mais ruidosos quando se aproximam as eleições e sua popularidade despenca
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Ao contrário da liberdade, está se construindo essa forma de prisão que é uma narrativa que tem por objetivo impedir a expressão. Os limites de se dar liberdade de expressão são claros, mas a “prisionidade” quer vender a ilusão de que eles não existem. A liberdade de expressão tem o limite daquele que é contra a liberdade de expressão, parece simples. Ou seja, não é conceito absoluto, mas sim relativo. Os exemplos estão nas redes sociais e nichos fascistas, mas a grande mídia não fica de fora.
A Folha de S. Paulo comemorou o dia palíndromo deste século (22/2/22) cedendo espaço para Flavio Bolsonaro verbalizar mentiras, revelando qual o verdadeiro compromisso do jornal com a verdade. Ela que se explique por dar palanque a senador investigado por vários crimes de corrupção e filho de um despresidente que destruiu o Estado brasileiro. Da minha missiva ao jornal, foi publicada apenas o epíteto sugerido: o título do libelo deveria ser “Moro elegeu Bolsonaro”, pois, sem a prisão de Lula pelo juiz ladrão, o ogro que habita o Palácio do Planalto jamais seria eleito. Lembremos que, da campanha “qualquer um contra Lula”, ganhou um qualquer.
A publicação do artigo do senador vai na sequência de polêmicas recentes e constantes envolvendo o racismo e o nazismo. Dias antes, o questionamento era se a Folha iria embarcar no relativismo também quanto ao crime de nazismo. Pouco valeram os questionamentos quando fez (e continua a fazer) isso em relação ao racismo. O assunto não divide opiniões; ou se respeita a lei ou se é criminoso, porque a apologia ao nazismo é proibida explicitamente, não é questão de interpretação ou liberdade de expressão.
Volta-se constantemente a criticar a farsa do desgoverno federal, mas não se digna a fazer o devido distanciamento. Os rompantes do ogro que habita o Palácio do Planalto não param e ficam mais ruidosos quando se aproximam as eleições e sua popularidade despenca e nada faz melhorar a intenção de voto dos ainda bolsonaristas. Por meio de editoriais, os jornalões reafirmam o que todos sabem, que o despresidente tudo fará para melar as eleições. A esperança é que se dignem a manter uma posição política coerente e não venham com distorções quando comparar com outras candidaturas, tal qual a patacoada da “escolha difícil” de 2018.
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