Prisão de Milton Ribeiro ignora mandante

"A prisão do bode expiatório também serve para blindar os dois principais aliados civis de Bolsonaro, Ciro Nogueira e Arthur Lira", escreve Alex Solnik

Milton Ribeiro
Milton Ribeiro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)


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Por Alex Sonik 

Milton Ribeiro caiu em desgraça com Bolsonaro assim que veio à luz o áudio em que o então ministro da Educação disse estar atendendo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura a pedido do presidente da República. Dias depois ele caiu. 

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Assim que o ex-ministro foi preso, hoje, Bolsonaro lavou as mãos. Ele que se explique à Justiça. Não tenho nada a ver com isso. A tentativa de se descolar do escândalo é pública e notória. Bolsonaro nem se recorda que quando as denúncias explodiram ele botou as mãos e o rosto no fogo por ele. 

A prisão do bode expiatório também serve para blindar os dois principais aliados civis de Bolsonaro, Ciro Nogueira e Arthur Lira, que têm digitais na farra com dinheiro do FNDE, por meio de prepostos. 

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Tal como no caso do assassinato de Bruno e Dom, a Polícia Federal encerrou o caso sem investigar sequer se havia mandante, como o ministro apontou no áudio, pivô do escândalo. 

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