Principal negociador russo diz que reunião com Ucrânia foi “um passo construtivo para chegar a um compromisso”

A desescalada nos ataques a Kiev e a Kharkiv também foi anunciada pelo principal negociador russo, Vladimir Medinsky, destaca o jornalista Alex Solnik

Vladimir Medinsky e a destruição em Kiev, na Ucrânia
Vladimir Medinsky e a destruição em Kiev, na Ucrânia (Foto: REUTERS)


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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Pela primeira vez desde o início das negociações de paz, tanto a Rússia quanto a Ucrânia aceitaram fazer concessões, no 38° dia da guerra.

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A Ucrânia abre mão de participar da Otan ou de qualquer outra aliança militar, e de manter tropas ou realizar exercícios militares em seu território sem o consentimento dos países garantidores de sua segurança, dentre os quais a Federação Russa.

A Rússia não se opõe ao ingresso da Ucrânia na União Européia.

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As novidades foram anunciadas pelo chefe da delegação russa, o conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, logo depois da reunião de três horas, hoje de manhã, em Istambul.

No briefing, Medinsky leu a proposta da Ucrânia, que considerou “um passo construtivo para chegar a um compromisso”:

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“A Ucrânia se recusa a aderir a alianças militares, implantar bases militares estrangeiras, contingentes, realizar exercícios militares na Ucrânia sem o consentimento dos estados garantidores, incluindo a Federação Russa”.

Disse, também, que o encontro entre Putin e Zelensky é possível “simultaneamente com a rubrica do acordo de garantia de segurança”. Até agora Moscou rejeitava qualquer possibilidade de haver esse encontro. 

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“Rubrica do acordo” são assinaturas preliminares do acordo entre os dois estados.

Ao Canal Um, de Moscou, garantiu que “Moscou não se oporá à adesão da Ucrânia à União Européia”.

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A desescalada nos ataques a Kiev e a Kharkiv também foi anunciada pelo principal negociador russo.

Quanto às outras duas exigências russas, os ucranianos propuseram que a questão da Criméia fosse negociada entre os dois países num horizonte de quinze anos e que a de Donbass seja acertada diretamente entre Putin e Zelensky.

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Sem responder a essas propostas, a delegação russa voou rumo a Moscou, para consultas com Putin, Lavrov e os conselheiros do governo.  

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