Presidenta da Comissão Europeia sinaliza que bloco aposta na escalada do conflito

Passou praticamente despercebida a declaração da presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que “a Ucrânia pertence à União Europeia"

(Foto: Divulgação)


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Passou praticamente despercebida a declaração da presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que “a Ucrânia pertence à União Europeia e o bloco quer que ela faça parte”. A dirigente disse que “existem muitos tópicos em que trabalhamos juntos e, de fato, com o tempo, farão parte de nós. São um de nós” [entrevista à Euronews, 27/2].

Considerando que a adesão da Ucrânia à OTAN é a causa essencial da crise e, por isso, também a condição chave para seu fim, esta declaração de von der Leyen joga ainda mais gasolina no incêndio.

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E significa, também, que a União Europeia aposta no aprofundamento e no agravamento do conflito, e não na busca de um entendimento que possa pôr fim a ele.

Em certo sentido, é uma sinalização de que a OTAN deseja a guerra e aposta na guerra; não desistirá do objetivo de incorporar a Ucrânia à OTAN.

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Na realidade a União Europeia já entrou em guerra. Por determinação da própria Ursula von der Leyen, ao banir os portais da Sputnik e da RT [Russia Today], o bloco abriu guerra contra a liberdade de expressão e a pluralidade de opinião.

No estágio atual dos acontecimentos, a declaração de von der Leyen é, portanto, uma inoportunidade absoluta e uma irresponsabilidade histórica.

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Esta posição manifestada pela presidenta da Comissão Europeia é paradoxal e contraproducente, para dizer o mínimo. Se acontecer a escalada militar, como parece ser a aposta europeia, isso colocaria o mundo, a partir exatamente do território da Europa, em um cenário sombrio e imprevisível.

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