Precisamos falar sobre Relações Internacionais

Desde que assumi o mandato como deputado estadual tenho buscado aproximar o Parlamento Paulista dos Consulados e entidades internacionais sediadas em São Paulo para apresentar o potencial das macrorregiões do Estado de São Paulo

Visita do Cônsul da Itália na Casa do Artesão de Apiaí, em dezembro de 2020
Visita do Cônsul da Itália na Casa do Artesão de Apiaí, em dezembro de 2020 (Foto: Divulgação)


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Por Paulo Fiorilo

Nesta semana em que o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, prestou depoimento aos parlamentares da CPI da Covid em Brasília, assumi aqui no estado a presidência da Comissão Permanente de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa de São Paulo. Quem assistiu à arguição de Araújo pôde compreender como uma gestão internacional desastrosa, negacionista e genocida pode ser nociva para um País.

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O fato é que em tempos de pandemia global, a necessidade de canais de diálogo com organismos internacionais aumenta à medida que destas tratativas dependem a vida das pessoas, até de forma literal, quando se trata da população brasileira e o atraso nas vacinas.

Os episódios protagonizados pelo próprio presidente Bolsonaro não apenas arriscam a vida dos brasileiros, mas também causam prejuízos econômicos ainda não contabilizados. A China, por exemplo, alvo recorrente de Bolsonaro, é o maior parceiro comercial e de investimentos do país. Um estudo publicado pela China Global Investiment aponta que os investimentos da China no Brasil, de 2005 a 2020, ultrapassaram R$70 bilhões de reais.

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Aqui no estado de São Paulo as tratativas de parcerias internacionais do governo estadual não apontam conflitos, mas também são preocupantes pela ausência de informações e pela confusão público e privado do governador. Desde que assumiu, João Doria manteve a aproximação com o grupo de empresários da qual fez parte.  

Para além do escritório em Xangai, na China, o governo do Estado mantém um escritório em Dubai, nos Emirados Árabes, e pretende abrir outros dois escritórios até o fim do ano: em Munique, na Alemanha, e em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Há também vários acordos de cooperação e parcerias assinados com representações de outros países. As relações internacionais são, portanto, um tema importante para o estado de São Paulo. 

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Se cabe aos governos a responsabilidade de agir como indutor de políticas públicas e proponente de parcerias comerciais, é fundamental que outros interlocutores acompanhem e fiscalizem as tratativas em curso.

Desde que assumi o mandato como deputado estadual tenho buscado aproximar o Parlamento Paulista dos Consulados e entidades internacionais sediadas em São Paulo para apresentar o potencial das macrorregiões do Estado de São Paulo. Já estive com o Consul da Itália na cidade de Araraquara, berço de descendentes de italianos, e na região do Alto Vale do Ribeira, para apresentar cidades que tem potencial turístico.

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É possível avançar mais nas tratativas internacionais. Esse será o grande objetivo da nossa presidência na Comissão de Relações Internacionais da Alesp pelos próximos dois anos: ampliar os espaços de diálogo, apresentar propostas que considerem a realidade e o potencial das diversas regiões do Estado e quem sabe, levar desenvolvimento econômico e social com geração de emprego e renda para lugares onde os olhos do poder público normalmente não alcançam.

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