Precisamos falar sobre Relações Internacionais
Desde que assumi o mandato como deputado estadual tenho buscado aproximar o Parlamento Paulista dos Consulados e entidades internacionais sediadas em São Paulo para apresentar o potencial das macrorregiões do Estado de São Paulo
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Por Paulo Fiorilo
Nesta semana em que o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, prestou depoimento aos parlamentares da CPI da Covid em Brasília, assumi aqui no estado a presidência da Comissão Permanente de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa de São Paulo. Quem assistiu à arguição de Araújo pôde compreender como uma gestão internacional desastrosa, negacionista e genocida pode ser nociva para um País.
O fato é que em tempos de pandemia global, a necessidade de canais de diálogo com organismos internacionais aumenta à medida que destas tratativas dependem a vida das pessoas, até de forma literal, quando se trata da população brasileira e o atraso nas vacinas.
Os episódios protagonizados pelo próprio presidente Bolsonaro não apenas arriscam a vida dos brasileiros, mas também causam prejuízos econômicos ainda não contabilizados. A China, por exemplo, alvo recorrente de Bolsonaro, é o maior parceiro comercial e de investimentos do país. Um estudo publicado pela China Global Investiment aponta que os investimentos da China no Brasil, de 2005 a 2020, ultrapassaram R$70 bilhões de reais.
Aqui no estado de São Paulo as tratativas de parcerias internacionais do governo estadual não apontam conflitos, mas também são preocupantes pela ausência de informações e pela confusão público e privado do governador. Desde que assumiu, João Doria manteve a aproximação com o grupo de empresários da qual fez parte.
Para além do escritório em Xangai, na China, o governo do Estado mantém um escritório em Dubai, nos Emirados Árabes, e pretende abrir outros dois escritórios até o fim do ano: em Munique, na Alemanha, e em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Há também vários acordos de cooperação e parcerias assinados com representações de outros países. As relações internacionais são, portanto, um tema importante para o estado de São Paulo.
Se cabe aos governos a responsabilidade de agir como indutor de políticas públicas e proponente de parcerias comerciais, é fundamental que outros interlocutores acompanhem e fiscalizem as tratativas em curso.
Desde que assumi o mandato como deputado estadual tenho buscado aproximar o Parlamento Paulista dos Consulados e entidades internacionais sediadas em São Paulo para apresentar o potencial das macrorregiões do Estado de São Paulo. Já estive com o Consul da Itália na cidade de Araraquara, berço de descendentes de italianos, e na região do Alto Vale do Ribeira, para apresentar cidades que tem potencial turístico.
É possível avançar mais nas tratativas internacionais. Esse será o grande objetivo da nossa presidência na Comissão de Relações Internacionais da Alesp pelos próximos dois anos: ampliar os espaços de diálogo, apresentar propostas que considerem a realidade e o potencial das diversas regiões do Estado e quem sabe, levar desenvolvimento econômico e social com geração de emprego e renda para lugares onde os olhos do poder público normalmente não alcançam.
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