Precificação do risco empresarial

A irresponsabilidade com as contas públicas, o viés do endividamento e o fator do superávit primário, com a inflação galopante, colocam o Brasil em sinal de alerta permanente



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Bravatas políticas à parte, o Brasil acaba de sofrer um rebaixamento de sua nota de risco, com repercussão em várias empresas, principalmente instituições financeiras.

O discurso governamental sustenta, sem fundamento, o rebaixamento, enquanto parte do mercado considera que o risco do negócio empresarial estaria precificado, cujo âmbito da oscilação dos papeis em bolsa refletiria o ambiente do distanciamento do investidor estrangeiro.

Não fizemos como deveríamos a lição de casa, isso é ponto pacífico. A irresponsabilidade com as contas públicas, o viés do endividamento e o fator do superávit primário, com a inflação galopante, colocam o Brasil em sinal de alerta permanente.

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A exemplo do que aconteceu com a vizinha Argentina, que não geriu, com seriedade, suas contas, e hoje apresenta processos em Cortes internacionais para pagamento de sua dívida, o Brasil é muito grande para correr destemperos e se submeter ao confronto do risco externo.

Dias atrás o famoso prêmio Nobel, em debate realizado, Paul Krugman, afirmara que a economia brasileira já tinha ultrapassado o período de solavancos e nenhuma catástrofe emergiria, com reservas de 350 bilhões de dólares e um mercado francamente em ascensão.

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Não foi esse o papel da avaliação da empresa de rating, que rebaixou o País e criticou muitos pontos do desequilíbrio de suas contas e a falta de transparência na elevação dos gastos.

Não se pode, minimamente, dar total credibilidade a qualquer das teses sinalizadas, sem antes nos despojarmos de preceitos e preconceitos, baseados em premissas equivocadas.

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As nossas alianças futuras devem ser de completa abertura de mercado para tratados de cooperação com diversas Nações, e não nos restringirmos ao percalço do Mercosul ou Unasul, muito restrito, o Chile empresta grande vitalidade de sua economia pela grande abertura e parcerias internacionais sólidas.

Em ano político, qualquer notícia pode virar um estardalhaço e ser alvo de exploração indevida, que o Brasil não está a mil maravilhas todos nós sabemos, não precisamos de supervisores estrangeiros para rastreamento de dados ou prognósticos de subsídios, que se hospedam numa livre iniciativa canhestra, na qual falta uma ação conjunta empresarial para retomada do crescimento com reforma tributária.

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O modelo federativo se exauriu e as políticas públicas claudicam, voltamos a bater na velha e surrada tecla de aumento de juros para controle da inflação e redirecionamento do crédito.

O programa de aceleração do crescimento virou repertório do nosso inconstante subdesenvolvimento, poucos setores se salvam, enquanto a indústria sofre um processo radical de completa desnacionalização.

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Há tempo mais do que suficiente para extrairmos, dessa amarga lição do risco rebaixado, uma dinâmica que não seja política e, muito menos partidária, pois que toda precificação de um risco empresarial deve ser adotada no limite do seu impacto gerado na dinâmica da preservação do negócio.

Estamos pagando uma pesada conta pelos desmandos e desabridas metas distintas da realidade, se pisarmos no freio, realizaremos uma parada súbita e, se acelerarmos demais, capotaremos.

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E depois de um ciclo virtuoso de 20 anos de Plano Real, estabilidade monetária, tudo reflete a necessidade de um segundo Plano Marshall na economia nacional para prosseguirmos, sem recuos ou desvios, de um sadio planejamento a longo prazo.

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