Pra não dizer que não falei de Flores

"O presidente do TRF-4, Thompson Flores, aquele que no ano passado definiu a sentença de Moro contra Lula no caso do tríplex do Guarujá – 9 anos e meio de prisão – como 'irretocável', quebrando a ética jurídica que prescreve o silêncio em relação a processos sub-judice, disse à comissão organizadora do PT que juízes do seu tribunal - sem especificar quais - teriam sido ameaçados", escreve o colunista Alex Solnik; segundo o jornalista, "uma informação dessa gravidade, mais grave ainda por ter vindo de quem veio não poderia ter sido divulgada de forma tão imprecisa"; "A declaração de Flores pode ser entendida, portanto, como tentativa de criar um fato político contra Lula e de influenciar efetivamente para um resultado desfavorável ao acusado"

"O presidente do TRF-4, Thompson Flores, aquele que no ano passado definiu a sentença de Moro contra Lula no caso do tríplex do Guarujá – 9 anos e meio de prisão – como 'irretocável', quebrando a ética jurídica que prescreve o silêncio em relação a processos sub-judice, disse à comissão organizadora do PT que juízes do seu tribunal - sem especificar quais - teriam sido ameaçados", escreve o colunista Alex Solnik; segundo o jornalista, "uma informação dessa gravidade, mais grave ainda por ter vindo de quem veio não poderia ter sido divulgada de forma tão imprecisa"; "A declaração de Flores pode ser entendida, portanto, como tentativa de criar um fato político contra Lula e de influenciar efetivamente para um resultado desfavorável ao acusado"
"O presidente do TRF-4, Thompson Flores, aquele que no ano passado definiu a sentença de Moro contra Lula no caso do tríplex do Guarujá – 9 anos e meio de prisão – como 'irretocável', quebrando a ética jurídica que prescreve o silêncio em relação a processos sub-judice, disse à comissão organizadora do PT que juízes do seu tribunal - sem especificar quais - teriam sido ameaçados", escreve o colunista Alex Solnik; segundo o jornalista, "uma informação dessa gravidade, mais grave ainda por ter vindo de quem veio não poderia ter sido divulgada de forma tão imprecisa"; "A declaração de Flores pode ser entendida, portanto, como tentativa de criar um fato político contra Lula e de influenciar efetivamente para um resultado desfavorável ao acusado" (Foto: Alex Solnik)


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O presidente do TRF-4, Thompson Flores, aquele que no ano passado definiu a sentença de Moro contra Lula no caso do tríplex do Guarujá – 9 anos e meio de prisão – como "irretocável", quebrando a ética jurídica que prescreve o silêncio em relação a processos sub-judice, disse à comissão organizadora do PT que juízes do seu tribunal – sem especificar quais – teriam sido ameaçados, e por causa disso tiveram de retirar suas famílias de Porto Alegre, o que o levou a se preocupar ainda mais com a segurança no próximo dia 24.

Também avisou que "uma pessoa de Mato Grosso do Sul" ameaçou invadir o tribunal.

Uma informação dessa gravidade, mais grave ainda por ter vindo de quem veio não poderia ter sido divulgada de forma tão imprecisa.

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Thompson Flores deveria dar a informação c0mpleta – quem, onde, como, quando e por que – a fim de dar veracidade às suas palavras e dizer se as ameaças foram denunciadas à polícia, já que até agora não circulou notícia alguma a respeito.

Jogar no ar simplesmente, sem detalhar, uma acusação dessa relevância, pode dar pretexto a insinuações de que seu intuito seria vitimizar todos os juízes do TRF-4, inclusive os que vão julgar Lula e ao mesmo tempo demonizar Lula e seus apoiadores, pois só a eles interessaria melar um julgamento do qual o resultado é mais ou menos conhecido: quem ameaça juízes não quer julgamento justo, quer fazer justiça com as próprias mãos, o que é a barbárie.

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A declaração de Flores pode ser entendida, portanto, como tentativa de criar um fato político contra Lula – o que não deveria constar da agenda de um juiz, ainda mais em se tratando do presidente do tribunal – e de influenciar efetivamente para um resultado desfavorável ao acusado.

Seu comportamento nesse caso do tríplex não tem sido nada irretocável.

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