Povo tem de ir às ruas para combater e derrotar o golpe

Tudo isto que foi conquistado vai ser desconstruído e, irremediavelmente, desmoronado, pois se trata de um golpe de direita, da direita e para a direita. Essa gente golpista e criminosa quer um País para poucos



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O povo brasileiro - e falo dos trabalhadores rurais e urbanos, das donas de casa, dos profissionais autônomos e dos estudantes - tem de ir urgentemente às ruas para impedir um golpe de estado travestido de golpe parlamentar, jurídico e midiático, ou seja o que for ou valha a definição mais apropriada sobre o impeachment dada pela esquerda e distorcida e manipulada pela direita.

A verdade é que se formos à realidade nua e crua do que está a acontecer no Brasil, independente de quaisquer processos e discursos oposicionistas e de caracteres golpistas, é que a direita quer levar na mão grande o poder constituído à presidenta Dilma Rousseff pela maioria dos eleitores brasileiros, que depositaram 54,5 milhões de votos nas urnas para que a mandatária do PT fosse reeleita.

Não importa como pensa e age o patronato inquilino da casa grande (plutocracia) e seus áulicos e porta-vozes da Justiça (STF e STJ), da PGR (MPF) e da DPF, além do sistema midiático privado controlado por golpistas históricos, a exemplo das famílias Marinho, Civita, Mesquita, Frias, Alzugaray, Sirotsky, além dos sócios dos Diários Associados.

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Realmente, não importa suas concepções políticas, ideologia e crenças econômicas. E sabe por quê? Porque a direita brasileira, em todos seus setores e segmentos, exemplificados desde os coxinhas de classe média até o vice-presidente da República, Michel Temer, interditaram quaisquer possibilidades de diálogos que favorecessem o fim de crise política tão aguda e a retomada do crescimento econômico.

Não há mais como tergiversar; e reafirmo o que disse inúmeras vezes: não importa à direita brasileira e seus apoiadores estrangeiros, como o sistema financeiro privado em âmbito mundial, a ter como testa de ferro o FMI e o Bird, os governos dos Estados Unidos e da Inglaterra, dentre outros como a França, o que aconteça com o Brasil. Não importa! Sendo que esta realidade tem de ser levada a sério por aqueles que pensam que o Brasil, por intermédio de um golpe descarado e covarde, vai melhorar a economia e se pacificar politicamente.

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Não vai. O pau vai quebrar e os golpeados vão parar o País e afundar mais ainda a economia, bem como causar sérios prejuízos à sociedade brasileira, que, certamente, vai ter seus programas seriamente prejudicados, pois tais programas visam e efetivam a inclusão social, de igualdade de oportunidades e de acesso de parcela pobre à segurança alimentar e ao consumo, que, no decorrer de 12 anos, foi o dínamo que movimentou a economia brasileira e livrou o País de crise tão danosa à sociedade, como ocorreu na Europa, no Japão e nos Estados Unidos.

Só não se sabe mais o que aconteceu de ruim nos países desenvolvidos porque a imprensa de mercado dos magnatas bilionários censura a realidade social e econômica europeia e estadunidense, pois se recusa a aceitar que a crise é mundial, pois tem interesse de apenas selecionar o que se diz respeito ao Brasil quando se trata de crise econômica.

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Cinismo, hipocrisia, mentira e golpismo diretamente aplicados nas veias da sociedade brasileira, que fica apenas a ouvir a opinião de uma imprensa meramente mercantilista e replicadora dos interesses das oligarquias brasileiras, das corporações e dos governos estrangeiros, pois são "elites" subalternas, colonizadas e entreguistas, que se contentam em dominar e a explorar as periferias do mundo ao invés de lutarem por um projeto de País, que trate de transformá-lo em protagonista mundial.

A verdade é uma só: temos uma casa grande ordinariamente subserviente ao tempo que arrogante e prepotente com seu próprio povo, o principal responsável por sua riqueza e opulência. Por isto e por causa disto que é necessário que o povo vá às ruas. O povo democrata, legalista e garantista. Aquele que também sofre há séculos e que também há séculos não tinha até então a oportunidade de ser incluído no Orçamento da União, bem como exercitar pela primeira vez sua cidadania, um direito pétreo da Constituição.

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Não há mais o que fazer, pois políticos (grande parte deles) processados, sendo que muitos já são réus em tribunais, estão dispostos a dar um golpe, que está a caminho e com o dia 17 de abril marcado para que, enfim, já que não foi possível vencer nas urnas, que seja por intermédio da mão grande, da patifaria, da cafajestada, do roubo, da mentira e de tudo aquilo que seja necessário para que a direita brasileira de alma escravocrata volte a assumir a Presidência da República.

A intenção dos golpistas é controlar o Orçamento da União, além de implementar um programa de Governo derrotado nas urnas pela maioria dos brasileiros, que visa, indubitavelmente, reviver o neoliberalismo, transformar o Estado nacional em mínimo, vender as estatais, dentre elas a Petrobras, juntamente com o Pré-Sal, extinguir e diminuir o número de programas sociais, bem como seus orçamentos caiam, no mínimo, pela metade, assim como recolocar o Brasil na esfera de influência dos Estados Unidos. A resumir: transformá-lo novamente em colônia.

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Quem não percebe o que vai acontecer ou é um mentecapto ou prima pela má-fé. Ou ambos. Não há como não perceber que o Brasil vai ficar de joelhos mais uma vez e a gringada esperta e malandra vai, novamente, transformar-se em pirata da riqueza alheia, pois, irrefragavelmente, o alto padrão de vida dos povos dos países ricos era proveniente das riquezas exploradas por séculos dos países da América Latina, Ásia e África.

Portanto, não se trata apenas de crise econômica e política. Trata-se, evidentemente, da defesa de um projeto coordenado pelo PT e seus aliados de defesa dos interesses do Brasil, como a exigência de conteúdo, quando um País ou uma empresa vendesse, por exemplo, aviões de combate ou submarinos, de forma que o Brasil, além de comprar os produtos, ainda passaria a dominar a tecnologia daquele que repassou o conhecimento.

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E assim se fez, com muita determinação, no que concerne à diplomacia, que se tornou independente e não alinhada a qualquer potência ocidental, porque a finalidade era abrir novas fronteiras de relacionamentos e de negócios, o que favoreceu a criação de novos blocos, como o G-20, os Brics, além do fortalecimento de blocos regionais, a exemplo do Mercosul.

Tudo isto que foi conquistado vai ser desconstruído e, irremediavelmente, desmoronado, pois se trata de um golpe de direita, da direita e para a direita. Essa gente golpista e criminosa quer um País para poucos, pois dedicada a concretizar os interesses de uma burguesia antinacional e antidemocrática.

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Querem a volta de um País para privilegiados, que são os beneficiários de um Estado patrimonialista, que coopere para sedimentar seus espaços e manter, para o todo e sempre, o status quo de uma minoria sobre uma grande maioria. O povo tem de ir às ruas, urgentemente, para combater e derrotar o golpe! É isso aí.

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