Por uma sociedade inteligente e integrada
A China quer universalizar o acesso mundial a tecnologias da informação
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Publicado na China Radio International
Em conferência sobre economia digital, China quer universalizar acesso mundial a tecnologias da informação.
Os mais recentes avanços na área de tecnologia da informação e economia digital estarão em discussão em Beijing, a partir desta quinta-feira (28), na 2ª Conferência Global de Economia Digital (GDEC, sigla em inglês para Global Digital Economy Conference), evento organizado pelos Governos da República Popular da China e do Município de Beijing, para construir uma nova plataforma de cooperação e intercâmbio internacional que lidere o desenvolvimento da economia digital global. O evento segue o lema: “Partir para a civilização digital – Novos fatores, novas regras, novos padrões”, e está sendo realizado no Centro Nacional de Convenções da China, na capital chinesa, até este sábado (30).
Por meio de iniciativas como essa, dedicadas ao intercâmbio de ideias e publicização das estratégias chinesas nesta área, os avanços almejados pela China na integração de Tecnologias da Informação (TI) e acesso a dispositivos tecnológicos poderão contar com planos estratégicos para que sejam disseminados por toda a sociedade, incluindo governos, empresas e sociedade civil, de modo a construir uma nova economia completamente integrada pelas relações digitais, sobretudo no setor de serviços. O país, que é liderança mundial nos avanços para a utilização deste modal tecnológico, busca, portanto, universalizar o progresso material, em benefício de todos os povos, colocando o país em posição de vanguarda, mas refutando o exclusivismo.
Segundo a organização do evento, por meio de sua página oficial, “a conferência reúne governos, empresas, embaixadas, ministérios nacionais, comissões de universidades, instituições de pesquisa, usuários e finanças, para promover conjuntamente a construção de uma cidade de referência da economia digital global, explorando o layout da infraestrutura digital, a alocação de novos elementos de dados, a incubação de indústrias digitais emergentes, a inovação da tecnologia de núcleo digital”. O encontro é, pois, central no debate sobre que caminhos a sociedade, por meio de suas lideranças públicas e privadas, vai seguir em busca de uma organização social mais inteligente e, portanto, socialmente, economicamente e ambientalmente sustentável.
Além de seis cúpulas temáticas com os temas, Internet 3.0, Mercado de Dados, Segurança Digital, Tecnologias de Código Aberto, Inovações para o 5G e Pontes Digitais Através do Himalaia, o evento vai promover mais de 50 fóruns temáticos, uma Exposição de Inovação em Economia Digital e uma série de atividades para intercâmbio de conhecimentos. Deverá ser estabelecida uma Aliança de Cidades no Desenvolvimento da Economia Digital, com a participação de representantes oficiais de cidades que se apresentem ao evento. Majoritariamente, os participantes pertencem aos países do Acordo de Parcerias para Economia Digital (DEPA, sigla em inglês para Digital Economy Partnership Agreement), que reúne Chile, Nova Zelândia e Cingapura; da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, sigla em inglês para Association of Southeast Asian Nations) e da União Europeia.
A conferência segue com o planejamento chinês para internacionalizar a disseminação e o uso do que há de mais avançado em tecnologias digitais, a fim de fazer avançar a qualidade de vida para todos os povos, consolidando o método chinês do “ganha-ganha” para as relações políticas e econômicas internacionais, isto é, o estabelecimento de intercâmbios e contratos em que não haja prevalência do interesse de uma grande potência sobre os países emergentes e pobres. Por meio de uma oferta de recursos tecnológicos que atendam aos países em suas necessidades urgentes, a China busca desenvolver ferramentas para a prosperidade global, com harmonia entre os seres humanos, povos, culturas, e com suas diferentes organizações econômicas e políticas, o que os chineses nomeiam “Futuro Compartilhado”.
Como parte deste projeto, a República Popular da China, agora, persegue as metas de seu 14º Plano Quinquenal, iniciado em 2021, que prevê em suas diretrizes o crescimento da economia digital como fundamento da melhora nas relações humanas e sustentabilidade. Os investimentos chineses em TI foram estimados em 2,21 trilhões de yuans em 2021, sendo 518 bilhões somente na região do Delta do Rio Yangtzé, que abriga as províncias de Zhejiang, Jiangsu e Anhui, além do Município de Shanghai , área que vem recebendo investimentos para se tornar um novo polo de desenvolvimento de tecnologias digitais, assim como já ocorreu com a baía de Guangdong desde os anos 1990, o que transformou a cidade de Shenzhen no principal centro do desenvolvimento de computadores e tecnologias de transmissão de dados do Oriente, contando com a sede da empresa Huawei. Em Hangzhou, capital de Zhejiang, inclusive, encontra-se a sede da Alibaba, gigante internacional do mercado de compras digitais.
Desde 6 de junho deste ano, a tecnologia 5G já opera na China, com 1,7 milhão de estações-base para disseminação de dados, formando a maior rede 5G do mundo. O número total de celulares com esta tecnologia ultrapassou os 400 milhões, o que promete ser um facilitador em muitos setores do dia a dia e da economia, como indústria, saúde, educação e transportes. Estimativas do governo chinês apontam para 1,3 trilhão de yuans diretamente impactados pela veiculação do 5G, o que firma uma nova base de crescimento para as economias da China e do mundo.
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