Por Trump, Araújo cria riscos para o Brasil

Chanceler brasileiro assina convite enviado a outros países de uma Conferência para a Paz no Oriente Médio, a ser sediada no Brasil. É um "claro sinal de que presta uma vassalagem a Donald Trump com a realização, em Brasília, de reunião sobre tão delicado assunto, no qual o Brasil nunca se envolveu, exceto para promover o diálogo", escreve Tereza Cruvinel



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Recentemente o jornalista Jamil Chade revelou que o Brasil vai sediar, no ano que vem, uma Conferência para a Paz no Oriente Médio. O convite enviado a outros países tem como signatários o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo e o anfitrião de uma reunião similar sobre o mesmo tema, ocorrida em fevereiro passado na Polônia, o chanceler Jacek Czaputowics. O chanceler brasileiro Ernesto Araújo assina o convite em terceiro lugar, como notou Chade, num claro sinal de que presta uma vassalagem a Donald Trump com a realização, em Brasília, de reunião sobre tão delicado assunto, no qual o Brasil nunca se envolveu, exceto para promover o diálogo.

O que Trump de fato deseja é provocar o Irã. A reunião de fevereiro em Brasília será de um dos grupos de trabalhos, o de migração e refugiados, criados na Conferência da Polônia, da qual não participou qualquer país do Oriente Médio, o que dá uma medida da falta de objetividade da iniciativa. Ademais, Estados Unidos e Polônia têm posições notoriamente contrárias à recepção de refugiados. 

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Mas o pretexto foi criado e em fevereiro a reunião acontecerá em Brasília. O que diplomatas mais experientes perguntam é se, ao imiscuir-se nesta seara, o Brasil não estará atraindo para si a fúria de grupos terroristas envolvidos na questão do Oriente Médio. Se amanhã algo acontecer neste sentido, foi o Brasil que procurou. Ou melhor, Ernesto Araújo e sua política externa subalterna aos Estados Unidos.

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