Por quê só os ímpios prosperam?
Não é facil ou natural aceitar a morte ou o desaparecimento precoce de quem amamos, admiramos ou de simples pessoas que nada fizeram de mal
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Essa pergunta foi formulada por um teólogo da igreja cristã reformada ao constatar a morte de inocentes, crianças, idosos e jovens.
Indagava ele sobre a explicação para essa trágica realidade. Não são os ruins, os piores e cruéis que morrem primeiro. São os que em tese deveriam viver mais. Os crentes acreditam que há um plano divino, não acessível ao conhecimento humano, que dá um sentido a esse prematuro desaparecimento dos inocentes. Acreditam em outra vida, transcendente, sobrenatural. Mas para aqueles que aceitam o acaso e a necessidade como origem da vida, inclusive humana, o sofrimento dos inocentes continua a ser uma realidade absurda e inaceitável.
Não é fácil ou natural aceitar a morte ou o desaparecimento precoce de quem amamos, admiramos ou de simples pessoas que nada fizeram de mal aos seus semelhantes. Ou que só fizeram o bem. Por nós, estes viveriam eternamente. Os maus é que deveriam ir antes, sem choro e sem vela. Mas as coisas não são assim.
Deparamo-nos todo dia com a morte e o sofrimento daqueles e aquelas que não merecem morrer. E ficamos angustiados, não nos conformamos com essa fatalidade. Sei muito bem que a morte não tem só causas naturais. Muitos morrem de fome, de sede, da falta de moradia, assistência médica, de atenção -, sobretudo os idosos, as crianças morrem pelo desamparo social e familiar etc.
Mas persiste a questão do mal e da morte.
Essa questão essencial nos incomoda e nos faz duvidar da existência de qualquer plano celestial que justifique essa trágica existência humana.
E nos compromete a minimizar o sofrimento de cada um.
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