Logo ele que foi o primeiro tucano a aderir ao movimento de afastamento de Dilma para que Michel Temer assumisse, e acalentou o sonho de ser o ministro da Fazenda, o que lhe daria imensa visibilidade para a disputa presidencial em 2018.
Nada deu certo. Ao contrário de quando foi muito atuante no Ministério do Planejamento e brilhante no Ministério da Saúde - ambos no governo Fernando Henrique - agora estava desconfortável no Itamaraty com uma agenda vazia e dias seguidos resumidos a despachos burocráticos.
Mas tem outra tese que diz que José Serra está abaladíssimo pelo fato de ter sido citado na delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato: Teria recebido R$ 23 milhões em propina na Suíça.
Ou seja, a saída não foi apenas o alegado problema de saúde que afetava a coluna.
Portanto, quando juntamos as pontas, insatisfação pela falta de visibilidade politica no cargo que ocupava e risco de destruição da sua reputação por causa da Lava Jato, ficam claros os motivos da infelicidade, tristeza e depressão de Serra.
Simplesmente pavor com relação às investigações e falta de perspectivas para o seu futuro político.
Tudo isso abala.
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