Por que prendeu? Por que soltou?

"A libertação de 13 pessoas acusadas de envolvimento em tenebrosas transações com Temer apenas dois dias depois de serem presas, pelas mesmas autoridades que mandaram prender – Raquel Dodge, da PGR e Luiz Roberto Barroso, do STF - confirma que as prisões foram efetuadas somente com o intuito de interrogá-las e não por haver provas robustas e contundentes contra elas, o que cria mais um precedente perigoso, o de prender para interrogar", diz o colunista do 247, Alex Solnik; segundo ele, resta a incógnita de saber se as prisões foram revogadas pelo fato dos "interrogados fornecerem importantes elementos para a investigação ou porque os interrogatórios fracassaram e as reações à operação foram negativas"

Por que prendeu? Por que soltou?
Por que prendeu? Por que soltou? (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


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A libertação de 13 pessoas acusadas de envolvimento em tenebrosas transações com Temer apenas dois dias depois de serem presas, pelas mesmas autoridades que mandaram prender – Raquel Dodge, da PGR e Luiz Roberto Barroso, do STF - confirma que as prisões foram efetuadas somente com o intuito de interrogá-las e não por haver provas robustas e contundentes contra elas, o que cria mais um precedente perigoso, o de prender para interrogar.

Dodge e Barroso podem alegar que os acusados tinham de ser interrogados simultaneamente e a condução coercitiva está suspensa, por determinação monocrática de Gilmar Mendes, que aguarda julgamento do plenário do STF.

Mas não há dúvida que mais uma vez não seguiram à risca o artigo 5º. da constituição brasileira, o das garantias fundamentais do cidadão.

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Não sei se as prisões foram revogadas com tanta rapidez porque os objetivos da Polícia Federal foram alcançados e os interrogados forneceram importantes elementos para a investigação ou porque os interrogatórios fracassaram e as reações à operação foram negativas.

Me inclino a acreditar mais na segunda hipótese. O principal personagem da trama, aquele que seria a testemunha número 1, o coronel Lima, recusou-se, mais uma vez, a prestar declarações, como vem fazendo há nove meses e foi para casa.

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Ninguém foi pressionado a delatar, diferentemente de outras operações da Polícia Federal.

Melhor assim.

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Mas tem de valer para todos daqui em diante.

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