Por que Pilha foi preso

Todos os democratas, indistintamente de partidos políticos, devem defender a imediata liberdade de Rodrigo Pilha. Calar-se é concordar que métodos da ditadura militar sejam empregados em um país livre. Nós lutamos muito, muitos morreram para que pudéssemos ter o direito de sermos livres. Não é agora que vamos retroceder no enfrentamento



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Rodrigo Pilha é uma das figurinhas carimbadas das redes sociais brasileiras. É dele a Fanpage no Facebook com o nome “Botando Pilha”. A página tem hoje, 25 de março de 2021 exatamente 225.906 seguidores. E quem vai até ela, já sabe que vai encontrar muitos vídeos tendo como protagonista o próprio administrador. 

“Debater, Denunciar, Desmascarar a Grande Mídia, satirizar e "Botar Pilha" nos "Poderosos" de Direita, Reacionários, Fascistas e/ou conservadores!”. É assim que o Pilha delimita sua luta para que ninguém seja enganado ao buscar informações na página. A atuação visceral já lhe rendeu alguns problemas ao cobrir eventos da direita. Pilha nunca teve medo de expor suas ideias. 

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Em maio de 2014, Pilha foi até o Senado Federal e encontrou o então senador, Aloysio Nunes. Lá ele, entre outras coisas, questionou sobre o possível envolvimento no “escândalo do cartel do metrô em São Paulo”. Foi o bastante para o edil partir para agressão, e em seguida negar na imprensa o seu envolvimento na roubalheira. 

Antes, Pilha já tinha abordado o então ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal quando saía de um restaurante em Brasília. Na época, a grande imprensa saiu em defesa do magistrado e colocando toda a culpa em quem o interpelará com perguntas. Hoje já se sabe que as decisões de Barbosa no chamado “mensalão” foram a gênesis do que viria a ser ações corriqueiras nas decisões da chamada “quadrilha de Curitiba”, formada pelo juiz Sérgio Mouro e parte dos procuradores federais do estado na extinta “Lava Jato”. 

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Agora com a morte de mais de 300 mil pessoas por contaminação da Covid-19, e sem as ações que o Brasil esperava de quem deveria cuidar da saúde dos brasileiros, o Pilha e alguns outros militantes resolveram, mais uma vez, protestar. Dessa vez contra o presidente Jair Bolsonaro. Eles estenderam uma faixa onde estava escrito “Genocida” na Praça dos Três Poderes, bem enfrente ao Palácio do Planalto. Sobrenome já incorporado ao mandatário da nação. 

Alguns integrantes da polícia civil do distrito federal não gostaram de ver aquilo e foram ao encontro daquelas pessoas para retirar a exposição e aproveitaram para prender os jovens que estavam protestando. Entre eles estava Rodrigo Pilha. Presos, foram encaminhados à polícia federal onde se constatou que eles não teriam cometido nenhum crime. Afinal, o mundo todo já associou a palavra Genocida ao nome de Jair Messias Bolsonaro Genocida. 

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Liberto desta acusação, Pilha foi novamente preso no mesmo dia. A acusação de que ele teria sido condenado a sete meses de prisão por ter, segundo a denúncia, desacatado alguma autoridade. O fato verdadeiro é que Pilha esteve em uma manifestação no ano de 2016 em defesa da então presidenta Dilma Roussef. Naquela oportunidade ele estava com uma bandeira nos ombros e teriam tentado retirar à força dele. Ele reagiu pela agressão sofrida e mesmo assim, foi acusado, processado à revelia e condenado. É por isto que Pilha está preso. 

Pilha é um dos melhores e mais aguerridos militantes da esquerda brasileira. Basta procurar na internet por seu nome e você encontrará posicionamentos firmes em defesa da democracia e por liberdades de manifestação individuais. A prisão dele só se justifica se for para mandar um recado a toda a militância de esquerda de que manifestação de ruas só quem pode fazer livremente é a direita raivosa, inclusive com acompanhamento das polícias militar e civil cuidando para que tudo saia direitinho. 

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Ficar calado diante da prisão de pilha é um erro. Todos os democratas, indistintamente de partidos políticos, devem defender a imediata liberdade de Rodrigo Pilha. Calar-se é concordar que métodos da ditadura militar sejam empregados em um país livre. Nós lutamos muito, muitos morreram para que pudéssemos ter o direito de sermos livres. Não é agora que vamos retroceder no enfrentamento. 

Liberdade para Rodrigo Pilha!

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