Por que Bolsonaro tem medo do Sínodo da Amazônia?



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O último domingo marcou o início do Sínodo da Amazônia, evento do Vaticano que reúne bispos e religiosos para traçar estratégias e recomendações aos povos que lá vivem. Para além das diretrizes religiosas que resultarão do encontro, a 16ª edição da reunião é marcada pela simbologia do atual massacre sofrido pela maior floresta tropical do mundo. 

Já na abertura do evento, ficou clara a relevância da pauta ambiental nesta edição do Sínodo. O Papa Francisco foi enfático ao declarar que “as ideologias são uma arma perigosa”. O pontífice, que chegou a escrever uma carta para o presidente Lula em maio, mais uma vez se posiciona ao lado da verdade.

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Imbuído de sensatez, o Papa pregou que a Amazônia precisa, na verdade, do "fogo do amor de Deus", que "aquece e dá vida". Ao prestar solidariedade aos povos amazônicos, ele destacou a importância dos indígenas na sociedade e repudiou a utilização dessas populações como massa de manobra, estratégia utilizada por Bolsonaro em diferentes circunstâncias, como no discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).  

Desde que subiu ao poder por meio de um processo eleitoral diretamente influenciado pelo bombardeio de fake news, Jair Bolsonaro tem colocado em prática uma política de desenvestimento ambiental que põe em xeque o compromisso nacional de preservação da sustentabilidade e de respeito aos ditames do Acordo de Paris.

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As queimadas na Amazônia, que estamparam notícias mundo afora, refletem como as críticas e os posicionamentos desajustados do presidente só contribuem com o enfraquecimento da política ambiental até então construída. A tentativa de pôr um fim nas reservas legais e a diminuição das multas aplicadas pelo Ibama para barrar o desmatamento ilegal complementam o cenário desastroso da atual agenda ambiental brasileira.

A iniciativa de discutir a Amazônia é de suma importância para o fortalecimento da nossa soberania. Ademais, refletir sobre esse território é um meio de fortalecer a luta de comunidades originárias pela perpetuação de riquezas naturais indispensáveis para o Brasil e todo o planeta. Apoio o Sínodo não apenas pela relevância do encontro para a Igreja Católica, mas também por acreditar na força dessas iniciativas para a construção de uma agenda verdadeiramente sustentável.  

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