Por que a covid não vai embora
Estou tentando entender, a partir de depoimentos de especialistas e dos fatos que saltam aos nossos olhos, por que a covid-19 não dá sinais de ir embora do Brasil aos cinco meses de atividade
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Estou tentando entender, a partir de depoimentos de especialistas e dos fatos que saltam aos nossos olhos, por que a covid-19 não dá sinais de ir embora do Brasil aos cinco meses de atividade.
1) O presidente da República vive num mundo paralelo, incensado por apoiadores do mesmo mundo. Desde o início da praga ele agiu na perspectiva da “imunidade de rebanho”, expondo-se e convidando os brasileiros a se exporem. Tanto fez que conseguiu pegar. No que só acredito porque há documento provando. Não se sabe quantos contaminou. E quantos desses foram a óbito. Contaminado, passou a garoto-propaganda da cloroquina, até mesmo no mundo animal, o que contraria todos os estudos e recomendações e também o bom senso;
2) É um presidente incapaz de fazer o mínimo necessário numa crise como essa: unir o país. Trabalhou e trabalha para jogar o Sul contra o Nordeste, direita contra a esquerda, civis contra militares, cientistas contra charlatães, e se eximir de qualquer responsabilidade, o que deixou claro ainda hoje ao dizer “acabaram com os empregos no Brasil”, como se não fosse com ele;
3) O Brasil trocou três vezes o comando do ministério da Saúde durante a pandemia, e não tem ministro, mas um general interino, cuja única missão é distribuir cloroquina;
4) A covid-19, que no começo do ano foi definida como mais uma gripe, aparentada com a gripe espanhola, porém mais forte, agora é descrita por infectologistas como “doença inflamatória sistêmica”, que ataca os pulmões, mas também o cérebro, o pâncreas e outros órgãos;
5) A outra explicação para a epidemia prosperar entre nós: em que outro país se viu dirigentes da Saúde acusados de corrupção na “corrida pela vida” contra a covid-19? Como podem existir pessoas capazes de enxergar oportunidade de rapinar em meio a uma desgraça desse tamanho?;
6) A explicação número 6 é óbvia: por mais que especialistas batam na tecla sobre distanciamento social e a higiene das mãos, seguindo as recomendações da OMS, a realidade brasileira não contribui: segundo o IBGE, 74 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto e 11,5 milhões moram em casas com mais de três pessoas por cômodo.
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