Polícia Federal terá saudade dos governos petistas

A colunista do 247 Tereza Cruvinel comenta a reunião que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, teve nesta quarta-feira 8 com Michel Temer no Palácio do Planalto; "Nada mais revelador de que algo mudará na relação entre o governo e a PF do que este encontro de beija-mão", diz Tereza; "Sob Temer, e com Torquarto Jardim na pasta da Justiça, os tempos vão mudar. Indo bater continência para quem o nomeou, Segóvia está reconhecendo que é devedor do cargo a Temer, e como tal se comportará. Duvido que ele determine ou aprove operações que atinjam pessoas do governo sem informar pelo menos o ministro, como faziam seus antecessores"

A colunista do 247 Tereza Cruvinel comenta a reunião que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, teve nesta quarta-feira 8 com Michel Temer no Palácio do Planalto; "Nada mais revelador de que algo mudará na relação entre o governo e a PF do que este encontro de beija-mão", diz Tereza; "Sob Temer, e com Torquarto Jardim na pasta da Justiça, os tempos vão mudar. Indo bater continência para quem o nomeou, Segóvia está reconhecendo que é devedor do cargo a Temer, e como tal se comportará. Duvido que ele determine ou aprove operações que atinjam pessoas do governo sem informar pelo menos o ministro, como faziam seus antecessores"
A colunista do 247 Tereza Cruvinel comenta a reunião que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, teve nesta quarta-feira 8 com Michel Temer no Palácio do Planalto; "Nada mais revelador de que algo mudará na relação entre o governo e a PF do que este encontro de beija-mão", diz Tereza; "Sob Temer, e com Torquarto Jardim na pasta da Justiça, os tempos vão mudar. Indo bater continência para quem o nomeou, Segóvia está reconhecendo que é devedor do cargo a Temer, e como tal se comportará. Duvido que ele determine ou aprove operações que atinjam pessoas do governo sem informar pelo menos o ministro, como faziam seus antecessores" (Foto: Tereza Cruvinel)


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                  O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, teve encontro pessoal com Temer, algo inusitado quando se trata de cargos do segundo escalão.   Nada mais revelador de que algo mudará na relação entre o governo e a PF do que este encontro de beija-mão.  Segóvia foi indicado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, contrariando o ministro da Justiça, Torquarto Jardim, que sugeriu o nome de Rogério Dalloro.  Agora, o diretor-geral da PF é um vassalo do Planalto e a corporação terá saudades das prerrogativas que conquistou nos governos do PT.  E a Lava Jato também, pois o nome de Segóvia é fruto de uma articulação para "estancar a sangria", da qual participaram também Sarney, Jucá, Moreira Franco e outros encalacrados.

                  Lula e Dilma nunca se reuniram com diretores da instituição, oficialmente subordinada ao ministro da Justiça. Foi com Lula na Presidência e Marcio Thomás Bastos no Ministério da Justiça que a PF começou a ganhar a independência de  que hoje desfruta, e que já lhe permitiu, inclusive,  invadir o escritório da Presidência da República em São Paulo sem que o Planalto fosse informado. O alvo era Lula e Dilma era a presidente.

                Sob Temer, e com Torquarto Jardim na pasta da Justiça,  os tempos vão mudar.  Indo bater continência para quem o nomeou, Segóvia está reconhecendo que é devedor do cargo a Temer e Padilha,  e como tal se comportará.  Duvido que ele determine ou aprove operações que atinjam pessoas do governo sem informar pelo menos o ministro, como faziam seus antecessores. 

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                Se a independência tão cara à corporação começar a ser ferida, vamos ter crises, obviamente.  Em algum momento, o Estado brasileiro terá que enfrentar o dilema da natureza jurídica da PF. Como Polícia Judiciária, ela precisa de independência para investigar,  quando demandada pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário. Mas cabe-lhe também atuar como polícia do Poder Executivo Federal, no combate a crimes afetos à autoridade da União, como combate ao tráfico de drogas e armas, tráfico de pessoas, crimes de fronteira e imigração  e outros ilícitos. Ocorre que, tão grande é hoje o apego às tarefas “judiciárias” , que conferem prestígio e popularidade aos delegados e agentes,  que as demais atribuições foram ficando em segundo plano. A  meu ver, no futuro o Brasil terá que ter duas polícias na esfera federal. Uma que seja exclusivamente judiciária, e outra que atenda ao próprio Governo Federal na execução da política nacional de segurança pública, naquilo que for de responsabilidade da União. 

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