Poderosos de barro são covardes de ouro

(Foto: Lula Marques / Agência Brasil)


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A música do sambista Bezerra da Silva, que hoje seria considerada politicamente incorreta, que tem a frase , “você com revólver na mão é um bicho feroz, sem ele anda rebolando até muda de voz”, cai muito bem para homens que aparentam poder, mas que são covardes quando testados. 

O senador do Podemos (ES), Marcos Do Val, que diz aos quatro cantos que treinou um grupo da SWAT nos EUA, que ameaça políticos, que tentou envolver o Ministro do STF Alexandre de Moraes em uma trama palaciana, apresentou atestado médico até outubro para não comparecer a interrogatório na Polícia Federal, para esclarecer uma investigação em que está envolvido. 

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O todo poderoso presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que teve grande influência no governo anterior, tenta de todas as formas manter-se com uma espécie de “primeiro-ministro” no atual governo. Lira tem uma cartela de deputados nas mãos para exigir ministérios, cargos e emendas.  

Em uma ação intimidatória, a PF abriu uma série de investigações contra seus assessores. Lira ainda tem que se defender de uma acusação de agressões físicas e verbais movida por sua ex-mulher. Com tantos reveses, Arthur Lira teve que recolher temporariamente suas armas e fugir dos holofotes. 

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As redes sociais são palco de diversos atos de demonstrações de poder e covardia, como o do cantor Sérgio Reis, que fez chamado para ‘fechamento’ do STF e chorou quando foi interpelado pela justiça; o ex-deputado Daniel Silveira xingou e fez ameaças ao ministro Alexandre de Moraes e depois pediu desculpas quando teve pedida sua prisão. Roberto Jefferson, Allan dos Santos, Zé Trovão e os bolsominions que invadiram os Três Poderes no dia oito de janeiro, fazem parte desse time de covardes que pensavam como poderosos. 

O caso mais clássico é do ex-presidente Jair Bolsonaro que incitou toda uma população de inocentes úteis para irem às ruas por intervenção e golpe militar, depois fugiu para Orlando e milhares desses alucinados foram presos. Bolsonaro, durante a pandemia, dizia que o Brasil era um “país de maricas” debochava dizendo,  “chega de mi mi mi, vão ficar chorando até quando?” 

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Depois de perder as eleições, apesar de todos os crimes que cometeu contra o tesouro público, Bolsonaro ficou dias enclausurado, amedrontado, chorando, porque sabia que seus atos criminosos não ficariam impunes sem o mandato.  

Agora, em mais um ato de covardia, o antes poderoso Bolsonaro, concedeu entrevista à jornalista Mônica Bergamo em que, além de tentar se deslocar dos atos terroristas em que foi mentor, jogou toda a responsabilidade nas costas daqueles que cumpriram suas verbalizações ideológicas e estão presos, como o terrorista George Washington que tentou explodir o aeroporto de Brasília.  

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Bolsonaro fez mal a muita gente próxima e fiel, como seu Ajudante de Ordens, o coronel Mauro Cid, que está preso, e seu ex-ministro da justiça, Anderson Torres, que cumpriu alguns meses de prisão e foi para casa com tornozeleira eletrônica. Mauro e Anderson foram abandonados e são uma espécie de caixa preta contra Bolsonaro. 

As placas tectônicas da história estão se deslocando e arrumando a casa para que poderosos de barro sejam eternizados como covardes de ouro. 

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