Pode ser a gota d’água a levar o povo às ruas

"Agora que se perdeu o controle do monstro, é a vez das ruas, de novo, povoada pela grande maioria dos brasileiros, assumirem os destinos de sua própria história, da nação, e avolumar os protestos para dar um basta a tudo isso", escreve o jornalista Sérgio Fontenele

(Foto: Caio Couto/Mídia Ninja)


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A gota d’água entornou o copo da tolerância da grande maioria da população brasileira frente às provocações e crimes continuados de responsabilidade, por parte do presidente Jair Bolsonaro, em negar a gravidade da pandemia da covid-19, contribuindo para matar centenas de milhares de brasileiros. Mesmo diante de tudo o que foi feito, gastando milhões do dinheiro público para fabricar e empurrar fármacos como a cloroquina como receita de cura milagrosa dos doentes dessa enfermidade mortal.

Apesar de tudo o que não foi feito, dos crimes de prevaricação e contra a saúde pública, perpretados por Bolsonaro, seu “ministério paralelo”, formado por “porra loucas” e extremistas alojados no Palácio do Planalto, que, juntamente com o Ministério da Saúde, se recusou a comprar as vacinas que poupariam vidas. Ainda que a verdade esteja vindo à tona, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado Federal, o genocida e sua necropolítica segue zombando da morte e da dor do povo brasileiro.

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Forjando manifestações de apoio, de participantes convocados, em troca de dinheiro público e privado fornecido por setores do empresariado e agronegócio, provocando aglomerações numerosas e artificiais, agravando o contágio das novas variantes, e piorando a crise sanitária sem precedentes na história do Brasil. Insistindo no charlatanismo médico, promovendo o tal “tratamento precoce” e prescrevendo, sem receita médica, drogas com eficácia comprovadamente falsa, no tratamento das vítimas da covid-19. Esse é Bolsonaro.

Catástrofe tupiniquim

E a gota d’água, que entornou o copo da catástrofe tupiniquim, levou o povo às ruas, que, cansado de todo o horror provocado pelo atual regime, foi protestar e pedir o afastamento imediato de Bolsonaro em relação à Presidência da República, seja através de um improvável impeachment. Uma eventual renúncia também seria impensável, mas não é mais possível assistir, passivamente, o circo de bestas que assola o Brasil, e a água entornada do copo começa a transbordar nos atos deste sábado, dia 29 de maio, no País inteiro.

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O intuito é claro: pressionar os poderes constituídos, instituições como o Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional, a saírem de sua letargia e tomarem atitudes para banir Bolsonaro do poder. Aliás, mais do que isso, não basta derrubá-lo, é necessário que suas responsabilidades ou crimes contra a humanidade sejam investigados, apurados, para que ele seja levado à barra dos tribunais internacionais como o de Haia, na Holanda. O Tribunal Penal Internacional, de caráter permanente, deveria ser o destino do atual presidente brasileiro.

Por isso, pode ser a gota d’água a mobilizar os brasileiros politicamente alfabetizados, de boa fé, que consideram imperativo interromper essa trágica trajetória de Bolsonaro, alguém que nunca deveria ter sido alçado ao poder, mas foi colocado lá por um consórcio econômico-midiático-militar-judicial formado pelas elites. E agora que se perdeu o controle do monstro, é a vez das ruas, de novo, povoada pela grande maioria dos brasileiros, assumirem os destinos de sua própria história, da nação, e avolumar os protestos para dar um basta a tudo isso.

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