Plebiscito no Brasil: Guedes(Pinochet) sai ou fica?

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O Chile é aqui
“Tudo muda, só não muda a lei do movimento, segundo a qual tudo muda.”(Hegel)
Pois é.
No Chile, com as massas nas ruas, Sebastian Pinera, representante da elite endinheirada, desesperado, não teve outra alternativa: convocar plebiscito por nova Constituição.
Segue o caminho da Venezuela, quem diria!
Para atender as demandas da população contra o massacre econômico neoliberal venezuelano, Hugo Chavez mudou/remendou a Constituição, que, agora, é refeita por Constituinte em andamento, sob comando de Maduro.
Washington continuará apoiando Pinera, que toma posição semelhante à de Chavez-Maduro, diante da impossibilidade de continuar governando com Constituição que atende os interesses de Tio Sam?
As elites entregam os anéis, para não perder os dedos.
O modelo neoliberal, imposto por Pinochet/Chicago, na base da chibata, a portas fechadas, puro tacão de ferro, chegou aos estertores, sob pressão popular histórica.
Esgotou-se em suas possibilidades, pois exauriu a paciência do povo, retirando-lhe todos os direitos de cidadania.
A nova ordem, dada das ruas, é uma só: abaixo a ditadura constitucional pinochetista, promotora de concentração de renda, exclusão e desigualdade social.
Em abril, o plebiscito chileno representará nova etapa histórica sul-americana, cujas consequências deixarão Washington e seus seguidores de extrema direita, em todo o continente, em sinuca de bico.
Não deu – e continua não dando – certo, em nenhum lugar, o receituário neoliberal, ora sendo imposto, no Brasil, pelos discípulos de Pinochet: Bolsonaro e Paulo Guedes, com apoio de militar de direita.
Assim, por aqui, o que deveria ser feito, como ocorrerá no Chile é, também, plebiscito, mas com sinal trocado: não para fazer nova Constituição, mas, sim, preservar a existente, que o governo Bolsonaro está destruindo.
O capitão presidente e o seu vice general Mourão prometeram cumprir o texto constitucional, ao tomar posse, na presidência da República.
Estão, flagrantemente, cometendo crime de responsabilidade, passível de impeachment.
As reformas neoliberais, trabalhista e da Previdência, ferem a Constituição e, principalmente, cláusulas pétreas, eliminando, às custas de corrupção parlamentar, em forma de gordas emendas legislativas, conquistas sociais e econômicas cravadas pelos constituintes de 1988.
A medida provisória 905, de 11 de novembro, representa atentado constitucional.
Joga por terra toda a legislação trabalhista, ao instituir Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, constitucionalizando arremedo de trabalho escravo.
Cai por terra a social democracia brasileira, marca registrada da Constituição de 1988.
Paulo Guedes, discípulo de Pinochet, leva o país, com seu ultraneoliberalismo, ao desmonte constitucional.
O negócio, então, é copiar os chilenos, em magnífica aula democrática: plebiscito, para saber se Guedes fica ou não.
Ou a Constituição cidadã ou Guedes, como diria Ulisses Guimarães, certamente, sentindo-se apunhalado por ditador de plantão.
O povo quer os diretos cravados na Constituição ou a destruição deles pelo ultraneoliberalismo pauloguedeseano-pinochetista?
Os chilenos querem se livrar de Pinochet, enquanto Bolsonaro e Guedes insistem em manter o demônio vivo no Brasil.
Plebiscito brasileiro: Paulo Guedes sai ou fica?
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