Pibinho é resultado direto do fanatismo de Paulo Guedes
Quem é o ministro mais fanático do desgoverno Bolsonaro? Damares Alves, com seus meninos de azul e meninas de rosa? O 'imprecionante' Abraham Weintraub? Não, é Paulo Guedes, que acredita que uma economia pode voar sem o setor público e precisa ser afastado, aponta o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247
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O pibinho divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, de apenas 1,1%, é responsabilidade direta da ala ideológica, fanática e obscurantista do desgoverno federal. Como assim? Culpa da Damares? Do Weintraub? Do Olavo? Não, o pibinho é a consequência direta do fanatismo neoliberal personificado na figura de Paulo Guedes, que chegou prometendo 3%, entregou 1% e disse que ninguém deveria ficar supreso com seus péssimos resultados – de fato, só se surpreende quem poderia esperar algo diferente.
Professor de economia de Jair Bolsonaro, o "Posto Ipiranga" propaga a tese de que o avião Brasil tem duas turbinas: a do setor público e a do setor privado. E de que bastaria desligar a primeira para que a segunda fizesse o avião voar mais alto. Esse tipo de concepção não tem qualquer fundamentação teórica e ajuda a explicar o péssimo resultado da economia brasileira, em que não há investimento nem público nem privado. De um lado, porque o Estado não investe em infraestrutura. De outro, porque os empresários não confiam que haverá mercado num país que promove guerra contra os pobres e aliena a soberania nacional, enquanto distribui bananas a jornalistas.
O modelo Guedes é tão fajuto que até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um dos responsáveis por políticas desastrosas, como o teto de gastos, descobriu o óbvio. "O setor privado sozinho não vai resolver os problemas. Então acho que a grande mensagem do PIB que saiu hoje é exatamente que a participação do Estado também será sempre importante para que o Brasil possa crescer e se desenvolver", disse Maia, ao comentar o pibinho de Guedes e Bolsonaro.
Embora se comporte como uma criança, Bolsonaro é maior de idade e deve saber o que faz. Se quiser promover a destruição completa da economia brasileira, basta manter o mais fanático de seus ministos no comando do barco. Se ainda quiser apresentar algo de positivo à sociedade, será preciso trocar o quanto antes de Posto Ipiranga. Em artigo aqui no 247, nosso colunista Ricardo Cappelli questiona se Bolsonaro quererá morrer abraçado a Guedes. Ontem, também demonstramos que o pibinho escancarou o fiasco neoliberal implantado desde o golpe de 2016 no Brasil. A questão que fica é simples: Bolsonaro e os militares ainda vão tentar salvar seu desgoverno ou vão continuar distribuindo bananas podres para a sociedade?
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