Petróleo e ecologia

(Foto: Petrobrás)


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A pressa é a inimiga da perfeição. Os países que fazem fronteira com o Brasil no mapa na parte superior são Suriname, Guiana e Guiana Francesa (que pertence a França). Há poucos anos, foi descoberta uma bacia de petróleo do tamanho de todo o pré-sal nesta região. Afinal, um país com tantas bênçãos mineiras, vegetais e biológicas, também tinha a possibilidade de ter uma grande reserva de petróleo. Se observar a capacidade gigantesca da Venezuela, a extensão de petróleo em toda costa do Brasil e o pré-sal, deveria existir algo na Amazônia.

Sempre ronda a sombra de países como Estados Unidos que querem assaltar esse petróleo tão desejado em países da América Latina. Não conseguiram roubar a da Venezuela e lançaram as sansões contra o país. Aqui, fizeram o golpe que depôs Dilma e conseguiram por a mão do pré-sal que iria irrigar a educação neste país e alavancar de vez a perspectiva de sermos uma nação de primeiro mundo. 

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A corda sempre arrebenta do lado mais fraco. A história do Petróleo no Brasil também sempre foi tensa e cheias de interesses. Tudo teve início ainda no século XIX, no Brasil Império, quando foram descobertas as primeiras jazidas na Bahia. Já nessa época, 1864, a extração foi concedida ao inglês Thomas Denny Sargent por 90 anos. Mais tarde, tivemos a campanha  “O petróleo é nosso” e foi fundada a Petrobras no início dos anos 1950. Inclusive se tornou uma causa para Monteiro Lobato, que foi um dos primeiros a investir na extração de petróleo e ainda chegou a ser preso por isso, pois incomodava as grandes corporações e ao próprio Getúlio Vargas, que deu um golpe em Prestes com a Revolução de 1930.

Já no ano de 1974, foi descoberta a bacia de Campos, uma das maiores produtoras nacionais. O crescimento sempre dependia das condições internacionais, houve a crise do petróleo nesta década e nas décadas seguintes sem alarde. Porém, a própria Petrobras sempre teve excelência de profissionais na pesquisa e exploração de insumos. Um verdadeiro orgulho, mas também além do olho grande internacional, havia interesses políticos pelas verbas administradas pela empresa. A direita sempre querendo de uma forma ou outra vender o capital para os americanos e lucrarem com a venda.

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Nada é bom demais que não possa piorar. Durante o último governo Bolsonaro começaram a pensar sobre essa possibilidade de extração de petróleo na Amazônia. O projeto da Petrobrás para ter uma estimativa da quantidade e possibilidades de extração, ficou pronto apenas agora em 2023. Se por um lado, esse setor também não teve corrupção deslavada, pois o projeto de pesquisa ficou pronto agora, do outro retomamos nosso protagonismo internacional na luta pela preservação da Amazônia. Agora, a luta é saber a viabilidade econômica, sem que haja prejuízos ao meio ambiente e biomas na região.

A intensão de nos tornarmos uma potência internacional pode ser o trunfo no momento de crise dos Estados Unidos, porém, nesse momento, temos que pensar nos povos originários e ribeirinhos. Repensar o projeto, para uma extração limpa, responsável com participação popular seria o mais indicado, para começar daqui a dois anos. Tirar o garimpo ilegal e milícias da região é a primeira prioridade, em segundo assegurar as terras aos povos originários, terceiro seria pensar em atividades que abastecessem a região como turismo responsável e colheita de flora medicinal. Para bom entendedor, meia palavra basta. 

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