Petrobras, 62 anos

Uma das maiores empresas do mundo em seu setor, um patrimônio do Brasil e dos brasileiros, não pode ser desmantelada a serviço dos interesses internacionais

Logomarca da Petrobras em frente ao prédio da empresa em São Paulo. 23/04/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Logomarca da Petrobras em frente ao prédio da empresa em São Paulo. 23/04/2015 REUTERS/Paulo Whitaker (Foto: Jandira Feghali)


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Com o aprofundamento da industrialização de base no Governo Vargas e a mudança de olhar do Estado para a soberania, surgia há mais de seis décadas a Petrobras. Fruto do descobrimento dos primeiros poços de petróleo na Bahia, a campanha "O Petróleo é Nosso" já varria o país sob o coro de milhões de nacionalistas, como a saudosa Maria Augusta Tibiriçá Miranda.

A estatal brasileira se tornou pilar fundamental no desenvolvimento de nossa economia, nas tecnologias de exploração em camadas profundas, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica e outras fontes energéticas.

Sua produção é motivo de orgulho. Só no início deste ano, a Petrobras obteve lucro operacional de R$ 22,8 bilhões, 39% superior ao do 1º semestre do ano passado, tendo fechado o primeiro trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa. Também no 1º semestre, a produção total da Petrobras atingiu média diária de 2,784 milhões barris de óleo, representando um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o Pré-Sal, o desempenho foi grandioso e refletiu, em junho, um recorde de produção mensal de petróleo: 747 mil barris por dia.

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Ainda este ano, a estatal ganhou a mais importante premiação internacional destinada ao setor petroleiro, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions.

Não é pouco, como se vê.

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Nem de longe lembra o cenário de caos e catástrofe gerencial desenhado pelos partidos de oposição, resultado de um "terceiro turno eleitoral" postergado para aviltar a governabilidade da presidenta Dilma Rousseff. Como se sabe, o projeto ideológico da Direita é a venda do patrimônio brasileiro às empresas internacionais, dando de mãos beijadas a outros países da América do Norte e Europa esse "arsenal" estratégico para o desenvolvimento do país e a competição nos mercados internacionais.

O DNA privatista do PSDB e aliados já resulta na tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional que visam a mudança do regime de partilha do Pré-Sal, retirando da Petrobras a posse de 30% das jazidas e, também, da posição privilegiada de operadora única dos campos de petróleo. Tanto na Câmara, quanto no Senado, esses parlamentares tentam afrontar todas as conquistas do povo brasileiro quanto à soberania nacional na questão energética e geração de tecnologias.

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É por conta disso que, no próximo dia 03, aniversário da Petrobras, a Frente Brasil Popular ocupará corajosamente as ruas de diversas capitais brasileiras para defender o patrimônio brasileiro. Movimentos sociais, federações trabalhistas, sindicatos e partidos políticos erguerão bandeiras em defesa da estatal e contra a modificação do regime de participação da empresa nos campos de Pré-Sal.

Uma das maiores empresas do mundo em seu setor, um patrimônio do Brasil e dos brasileiros, não pode ser desmantelada a serviço dos interesses internacionais. Essa disputa requer atenção política e civil constante, dentro do Parlamento e fora dele. Os ataques à estatal devem ser barrados por todos que sabem de seu potencial produtivo e seu papel no desenvolvimento de nosso país. Vamos às ruas!

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¹Médica, deputada federal (RJ) e líder do PCdoB

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