Pérolas de sabedoria de uma cabeça branca da política brasileira

Caí num debate via Skype do grupo ‘Democracia e Soberania’, de profissionais eminentes, com Roberto Requião, no qual colhi algumas oportunas pérolas de sabedoria do veterano ex-senador, pleno de vigor e disposição

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


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Por Hildegard Angel, para o Jornalistas pela Democracia 

Dias atrás, postei no Twitter que faria bem ao Brasil no momento uma ‘Revolução dos Velhos’, conduzida por nossos grandes valores de cabeças brancas detentores de sabedoria, experiência e bagagem de realizações, e que pudessem apresentar um projeto transformador para o país.

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No dia seguinte, a coincidência (e os espiritualistas dizem que o acaso não existe): caí num debate via Skype do grupo ‘Democracia e Soberania’, de profissionais eminentes, com Roberto Requião, no qual colhi algumas oportunas pérolas de sabedoria do veterano ex-senador, pleno de vigor e disposição…

Roberto Requião:

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“Temos que sair dessa subordinação absoluta aos países mais fortes. No momento, temos que ter uma proposta suprapartidária. As redes de TV estão submetidas ao capital financeiro de maneira aberta.”

“O problema da política brasileira é a dependência do dinheiro. É a influencia do capital financeiro. O problema do Congresso é a mediocridade provocada pelas redes de comunicação. Um Congresso sem que haja políticos, sem que haja um programa partidário, sem a disciplina partidária.”

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“Rodrigo Maia é um Bolsonaro que sabe escolher o copo de vinho, mas os dois não diferem muito. Não é a bancada “da bala” que pressiona o Congresso. É a bancada “da bola”. Estão lá para vender a Petrobras, em troca de uma ambulância para a cidade de sua base eleitoral, e para eles se reelegerem.”

“Nós precisamos, no momento, de um projeto de transição. E esse plano de transição tem que ser montado pelos famosos intelectuais orgânicos da política brasileira. Um plano adequado, que não vá falhar, e não esse tipo de ‘frente’ ampla, admitindo tudo. Porque o plano que vemos aí é manter a proposta econômica de Guedes, e tirar o Bolsonaro.”

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“A população tem que ser mobilizada por uma proposta de esperança, uma proposta de saída, uma proposta nacional, que seja ampla. Esta proposta de unidade está faltando. Essa divisão partidária não vai nos ajudar de jeito algum.”

“Paulo Guedes não é um economista, é um operador do sistema financeiro. O Banco Central tem que ser submetido a um projeto nacional, e não estar na mão de banqueiro. Não podemos subordinar a política brasileira às conveniências da banca. Temos que usar a internet pra formar opinião, pra quebrar essa barreira. E a barreira será quebrada pelo desastre econômico que se avizinha. Não tenho dúvida alguma.”

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“Nesse circo em que transformaram o Brasil, Bolsonaro é animador de picadeiro, não passa disso.”

“Contudo, os candidatos que se apresentam, estão se apresentando como fiadores do projeto neoliberal. Temos de trabalhar nesses dois anos e meio na formação de quadros. Temos que nos preparar pra essa virada, que vai acontecer no Brasil. Temos que derrubar o capital financeiro de qualquer maneira.”

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“Estamos vendo aí muita gente mudando de posição. Caetano Veloso, mudando de posição. Miriam Leitão, mudando de posição. Eu quero eles submetidos ao Código Canônico: arrependimento, confissão e penitência.”

“Temos que olhar o que aconteceu com a Rússia. Ela fracassou com a Perestroika (na reestruturação da economia), mas o nível tecnológico que alcançou é fantástico.”

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“A China está descentralizando a operação econômica. Não é a nossa situação. Nós temos condição de ter um projeto mais interessante, mais democrático que o deles.”

“Nós não produzimos para comer, é para o gado do estrangeiro se alimentar.”

“Desigualdades regionais se eliminam com investimento público pra valer, se eliminam dando educação.”

“No período em que Dilma era presidente, votamos a auditoria da dívida pública, e Dilma vetou. Não vou negar as coisas boas que o PT fez, foi uma fase.”

“O escândalo do Banestado é a primeira ‘Frente Ampla’ dos patifes.”

“A minha linha atual é a do Papa Francisco.”

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