Peneira fina
Tal como aprovado, as regras funcionarão como peneira fina para tornar a representação parlamentar mais elitista e menos plural
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A aprovação do texto base da nova legislação eleitoral foi pacífica ontem na Câmara, mas na terça-feira haverá uma disputa campal no plenário na votação dos destaques.
Tal como aprovado, as regras funcionarão como peneira fina para tornar a representação parlamentar mais elitista e menos plural, favorecendo os endinheirados, os corporativistas e os lobistas setoriais, num sistema de financiamento baseado em doações empresariais aos partidos, e não diretamente aos candidatos. Isso favorece também os grandes partidos, com maior articulação com os grandes doadores.
Na campanha de 2014 a deputada que fez a campanha mais cara foi uma do Piauí, que gastou R$ 7 milhões. Em 2018 todos poderão gastar até 65% deste valor. Ou seja, 4,5 milhões Ora, em 2014 houve deputados que gastaram dois, três ou mais milhões de reais. Mas em média, uma campanha para deputado custou um milhão ddde reais. Então o projeto está nivelando por cima, estimulando a eleição dos endinheirados.
Vão se dar melhor os ricos, os financiados por corporações e igrejas, os bancados por grupos de poder econômico, como a bancada ruralista. Ficarão de fora os candidatos de opinião, os ideológicos, os idealistas. Assim, com esta peneira fina, não há risco de melhora na representação parlamentar.
Na terça-feira os partidos menores e os do campo progressista tentarão rebaixar este teto. Será uma boa batalha.
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