Pelo cessar-fogo e a paz, contra a guerra provocada pelos EUA e a Otan!

E legítimo o clamor pelo cessar-fogo e a paz. O pressuposto é a desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, escreve o editor internacional José Reinaldo

(Foto: Governo da Ucrânia)


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José Reinaldo Carvalho, 247 - A semana que termina hoje (sábado, 26)  foi a semana da guerra, das sanções e da diplomacia. Mais guerra e sanções do que diplomacia. Chegamos a um ponto de não retorno em que as tropas russas estão dentro da capital ucraniana, Kiev. Não está claro ainda o desdobramento imediato da situação, se a resistência do governo fantoche de Zelensky se encarniçará ou se o governo vai capitular considerando a desigualdade de forças com a Rússia.

As potências ocidentais, imperialismo estadunidense e Otan à frente, além de terem provocado a mais grave situação de insegurança e ameaças à paz mundial desde o final da guerra fria, atiçam ainda mais a guerra, provocam a Rússia, tentam acuá-la, estrangular com severas sanções econômicas e cercar o país militarmente.

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O deslocamento de soldados e armas intra-Otan no rumo das fronteiras com a Rússia é sem precedentes nos últimos anos. Biden afirmou solenemente em seus recentes pronunciamentos que não vai ordenar que seus soldados entrem em combate com os russos, mas está à frente da mobilização de tropas da Otan por todo o Leste Europeu. Comanda o esforço da guerra que faz por procuração através da Ucrânia. 

Muito antes do reconhecimento pela Rússia das Repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, o país euro-asiático percorreu o caminho da diplomacia. A partir da histórica entrevista Urbi et Orbi do presidente Putin em 23 de dezembro, quando traçou as linhas vermelhas de Moscou. Naquela altura, a via diplomática era a única percorrida pelo Kremlin. Quem acompanha o noticiário fidedigno e reto do Brasil 247, conhece o desenrolar dos acontecimentos. 

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A “diplomacia” dos EUA/Otan fez tábula rasa das reivindicações russas. Sequencialmente, o governo militarizado e filo-nazista do comediante Zelensky empreendeu uma brutal e criminosa ofensiva contra as populações russas do Donbass, dando continuidade a ações repressivas iniciadas desde o golpe da praça Maidan em 2014. Efetivamente a guerra da Ucrânia começou desde então. "Sempre seguimos o diálogo, mas as portas foram fechadas", disse a competente diplomata russa Maria Zahárova, advertindo que o "ponto de não retorno" estava próximo. Tais declarações reiteram as sucessivas advertências do chanceler Sergey Lavrov e do próprio chefe do Kremlin. Reter essas informações é essencial para compreender a irrefutável realidade de que esta guerra foi provocada e urdida na Casa Branca, no Pentágono e em Bruxelas, sede da Otan. 

Diante do fato consumado, é legítimo o clamor pelas negociações, o cessar-fogo e a paz, que tem por pressuposto a desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, com o desmonte das milícias fascistas enfileiradas no Batalhão de Azov e a assunção por este país do status de neutralidade, o que não será possível com a manutenção de Zelensky no poder. A causa da paz depende de um desfecho o mais rápido possível para a dramática situação criada na Ucrânia pelas forças imperialistas da Otan.   

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Somos ardentes defensores da paz e da solução pacífica, diplomática e política dos conflitos internacionais. Por isso, tomamos como ponto de partida, ao opinar sobre as tensões políticas e militares no Leste Europeu, a condenação enérgica à brutal ofensiva dos Estados Unidos e da Otan contra a Rússia. 

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